A maior lembrança que tenho do casal é do carnaval de 1982 quando o desfile foi realizado em Taguatinga e os componentes da ARUC não gostaram da transferência da W3 e não quiseram desfilar. Era meu primeiro carnaval como presidente e no momento em que estávamos armando a escola, fomos pegos de surpresa porque uma parte dos nossos componentes passaram com a fantasia da Academia da Asa Sul, uma escola nova que desfilava pela primeira vez. Trouxeram fantasias da Beija-Flor do Rio e isso fez com que o nervosismo tomasse conta da ARUC.
Dona Ruth chorava, já achando que iríamos perder o carnaval e Seu Valdir, também aos prantos, tentava acalmá-la. Eu, o carnavalesco Roberto e o diretor Heraldo Soares entramos em ação para acalmar os nossos componentes mostrando que o carnaval se ganhava na avenida. Pois bem. A escola concorrente fez um desfile confuso em menos de vinte minutos, o seu diretor de Harmonia empurrava a imprensa que cobria o carnaval e a maioria das fantasias que foram distribuídas por eles na avenida foram usadas pelo pessoal para brincar no Clube Primavera, que tinha o maior carnaval de Brasília e ficava próximo ao local do desfile.
Sabendo disso, o casal ficou mais calmo e fizemos um grande desfile, vencendo com uma diferença de 17 pontos para o segundo lugar, que foi a Asa Norte. Seu Valdir e dona Ruth integravam a equipe de carnaval do Roberto e ajudavam na confecção de fantasias, além da montagem de carros alegóricos e eram, juntos com Thió, responsáveis pelo bar; sem nunca ter recebido nenhum centavo pelos serviços prestados. Hoje o casal mora no Espírito Santo, mas deixou a sua neta Greice, esposa do vice-presidente de carnaval Abelardo, para sucedê-los.
Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC
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