terça-feira, 26 de outubro de 2010

Carnaval: Arte, do Barracão à Avenida.

Carnaval: Arte, do Barracão à Avenida, é um projeto patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura- FAC/DF/2010 e contempla duas oficinas: Artes em Espumas e Esculturas de Isopor. Elas têm como objetivo investir na qualificação dos artistas integrantes das 18 Escolas de Samba do DF, incentivando o crescimento profissional com conseqüente fortalecimento da cadeia produtiva e criativa do carnaval local. (geração de trabalho, renda e inclusão social)

OFICINA DE ARTES EM ESPUMA

Conteúdo da Oficina:

Serão apresentadas diversas técnicas de confecção e criação de elementos e adereços em espuma com base num histórico proposto, desenvolvendo técnicas de escolha do tema, modelagem, risco, corte, colagem/amarração, pintura, acabamento e limpeza final.

  • Vagas- 40
  • Carga horária- 40h
  • Horário- das 18h 30min às 22h 30min
  • Período de realização: de 16 a 26 de nov/2010
  • Instrutores: Jorge Gabriel e John Michael

OFICINA DE ESCULTURAS DE ISOPOR

Conteúdo da Oficina:

Serão desenvolvidas técnicas específicas e métodos alternativos usados na confecção de esculturas de Isopor. Para complementá-las e finalizá-las será usada a técnica da pastelação. Serão trabalhados no bloco de isopor: tamanho/espaço/proporção, modelagem e corte, colagem, entalhe, pintura, acabamento e finalização da peça.

  • Vagas- 40
  • Carga horária- 40h
  • Horário- das 18h 30min às 22h 30min
  • Período de realização: de 29 de nov a 10 de dez/ 2010
  • Instrutores: Jorge Gabriel e José Antônio

Público Alvo:

Integrantes das 18 Escolas de Samba sediadas nas cidades-satélites já envolvidos com a criação de esculturas e peças artísticas em isopor e espumas (ou mediante comprovação de habilidade com esta arte).

No caso do não preenchimento total das vagas, as mesmas serão disponibilizadas aos artistas da comunidade do DF, interessados em aprimorar o fazer artístico dentro deste segmento.

Local de realização das oficinas: Na sede da ARUC. SRES AE nº 08,Cruzeiro Velho.

Telefone: 3361-1649

Inscrições: As inscrições serão gratuitas e deverão ser feitas na sede da ARUC (SRES A. E. nº8 - Cruzeiro) ou com o representante de sua entidade carnavalesca e encaminhadas a ARUC até dia 12 de novembro às 18h.

Oficineiros: Profissionais Graduados pela Universidade Estácio de Sá-RJ

Uniforme: No primeiro dia de aula será fornecida uma camiseta e um crachá para identificação dos alunos, contendo o nome do projeto e logomarca dos patrocinadores. O uso dos mesmos é recomendado para o acesso às aulas.

Certificado: Ao término de cada oficina, os alunos que obtiverem freqüência mínima de 80%, receberão o certificado de participação.

Obs: NÃO será fornecido vale transporte

Para maiores informações, dúvidas ou sugestões, acesse o blog: www.oficinasdecarnavaldf.blogspot.com ou envie email para veraag.cultural@hotmail.com

  • Tel- 33611649(Aruc)
  • Cel- 84041156 (Vera)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um caso de amor


Crônica da Cidade,
Por Conceição Freitas, do Correio Braziliense, 22/10/2010.


Retumbante história de amor estremeceu a mais importante escola de samba de Brasília. O presidente da Aruc, Paulo Costa, se apaixonou pela porta-bandeira da agremiação rural, a Alvorada em Ritmo, Maria Pé Grande. Para ficar com seu amor, Paulo abandonou a Aruc. Na época, os cruzeirenses acreditavam que o acontecimento fazia parte de um complô para tentar impedir o crescimento da escola. O episódio inspirou o primeiro samba da Aruc, Muita gente se gloreia se o Cruzeiro morrer, de Jandira de Oliveira Lima e Milton da Marinha. Dizia assim: “No Cruzeiro deu-se um caso tão medonho/Que pra mim parece um sonho/Não pensava haver/Porque, porque, porque/Muita gente se gloreia/Se o Cruzeiro morrer.”

O amor de Paulo e Pé Grande não matou nem machucou nem o Cruzeiro nem a Aruc. A cidade é hoje um caso excepcional na urbanização de Brasília. Grudada no Plano Piloto, ainda consegue manter a atmosfera de subúrbio carioca, apesar da certa ostentação das casas à margem do Eixo Monumental. A Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro completou 49 anos ontem, sob os efeitos de mais uma de suas muitas crises financeiras, somada a um crônico problema fundiário que se resolveria com boa vontade política. (Onde? Cadê?).

Patrimônio imaterial de Brasília, a Aruc é muito mais do que reduto do samba ou território de resistência carioca. Apesar de ser geneticamente vinculada à Portela, a Unidos do Cruzeiro é a Mangueira de Brasília, por sua ligação histórica com a comunidade, por um certo conservadorismo na execução dos desfiles — a Aruc não vê com simpatia o topless na avenida, por exemplo. Do seu jeito, a Aruc ajudou a consolidar Brasília. Os cariocas que deixaram o esplendor das montanhas e das praias para se perder num chapadão extenso e desértico inventaram um novo Rio feito de casinhas brancas erguidas na solidão a oeste do Plano Piloto, ponto de encontro de gaviões do cerrado. Surgia o Bairro do Gavião e com ele o símbolo da Aruc, a tradução brasiliense para a águia da Portela.

Nesses 49 anos anos, a Aruc recebeu boa parte da aristocracia do samba — Candeia, Natal da Portela, Clementina de Jesus, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Dona Ivone Lara, Jamelão, Xangô da Mangueira, Zé Kéti, Noca da Portela, Jovelina Pérola Negra, Manassés, Paulinho da Viola, Nelson Sargento. Até Cartola e Nelson Cavaquinho estiveram por lá, mas só de visita. Em sua volta a Brasília, depois dos tempos de ditadura, Oscar Niemeyer também tomou um cafezinho com o samba candango, ao lado do então governador José Aparecido, de Ziraldo e Pompeu de Souza.

A Aruc fez muito mais do que trazer a nobreza do samba para a capital do país ou ser 29 vezes campeã dos desfiles das escolas de samba de Brasília. Ela ajudou, e muito, a transformar a maquete numa cidade verdadeira — cheia de contradições, entre as quais a diferença da cor da pele. O Cruzeiro trouxe a negritude para Brasília, ajudou a cidade a se lembrar de que ela não é somente branca. Ela também é negra, como o Brasil. A Aruc ajudou a Brasília a ser mais brasileira.

Quase meio século de vitórias

Escola do Cruzeiro faz aniversário hoje e enfrenta grave crise financeira
Da Redação, Jornal de Brasília, 21/10/2010.

A Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro – Aruc completa hoje, 49 anos de existência. Apesar do histórico de vitórias – a Aruc foi 30 vezes campeã dos desfiles de escolas de samba da cidade, é a única escola de samba do Brasil a possuir um octa-campeonato (de 1986 a 1993) – a escola do Cruzeiro não têm muitos motivos para comemorar.

A entidade vive uma grave crise financeira, agravada pela insegurança jurídica sobre a área que ocupa desde 1983 e que se encontra em situação irregular desde 2003, quando venceu o último contrato de ocupação com o GDF. Em 2008, o então governador do DF decidiu que a área seria transformada na Vila Olímpica do Cruzeiro. A obra foi licitada pela Novacap, a licitação foi homologada, mas até hoje não saiu do papel.

Sem alvará de funcionamento, a Aruc fica impedida de promover grandes eventos, cobrar mensalidade de seus associados e até mesmo de captar patrocínios.

A 1ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural decidiu intervir e instaurou um procedimento para acompanhar a ação do DF para a proteção do Patrimônio Cultural Imaterial representado pela Aruc. Órgãos serão notificados para que expliquem qual a real situação da licitação da Vila Olímpica.

Enquanto espera uma definição, a diretoria da Aruc se prepara para comemorar, em grande estilo, os 50 anos da entidade, em outubro de 2011.

SAIBA +
A escola lançou o Projeto Aruc 50 Anos. Ele começa no Carnaval de 2011, quando a escola levará para a Avenida um enredo contando sua história - Aruc Jubileu de Ouro - Uma História de Amor em Azul e Branco. Outras atividades serão realizadas ao longo de todo o ano.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Matéria no Jornal Alô Brasília.

A edição de hoje, dia 21 de outubro, tráz uma matéria especial sobre o nosso aniversário.
Leiam o arquivo em PDF, clicando aqui.

Aruc celebra 49º aniversário

Por Gabriel Jabour, Tribuna do Brasil, 21/10/2010.

Festividades de comemoração incluem cursos de desenho e fantasias

A mais antiga e tradicional escola de samba do Cruzeiro, a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (ARUC), completa hoje 49 anos de existência. Trinta vezes campeã dos desfiles de escolas de samba da região, é a única escola de samba do Brasil a possuir um octa-campeonato (de 1986 a 1993). A associação ganhou também títulos locais e nacionais em várias modalidades esportivas.
As festividades de comemoração aos 49 anos da escola de samba acontecem em novembro e dezembro, quando a entidade realiza a etapa II do Projeto Fabricando Carnaval, que oferecerá gratuitamente às escolas de samba e à comunidade de Brasília, cursos de desenhos de figurinos, perucaria, maquiagem artística, cabeças de fantasias, adereços e esculturas para alas e alegorias – além do Projeto Carnaval: Arte, do barracão à avenida, com cursos de escultura de isopor e pastelação e artes em espuma. Esses dois projetos têm o apoio do Fundo de Apoio à Cultura da Secretaria de Cultura do DF. Na programação também está incluída uma festa com a participação de sambistas locais e das baterias da Aruc, Águia Imperial e Bola Preta de Sobradinho, quando lançará oficialmente o seu enredo para o Carnaval 2011, a marca comemorativa e o Projeto do cinqüentenário da entidade.
Dando início ao ano do seu cinqüentenário, a entidade lançou o Projeto Aruc 50 Anos. As atividades têm início no carnaval de 2011, quando a azul e branco do Cruzeiro levará para a Avenida um enredo contando a sua história – Aruc Jubileu de Ouro – Uma História de Amor em Azul e Branco.
Durante todo o ano de 2011 estão programadas várias atividades, como a realização do concerto Canta Gavião especial, tradicional evento cultural promovido pela Aruc nos anos 1980 e 1990. A programação conta com torneios esportivos, o lançamento de um CD com os melhores sambas-enredo da história da escola e um DVD com um documentário sobre os 50 anos da entidade, dirigido pelo cineasta Vladimir Carvalho. A associação também lançará um livro de fotos históricas e planeja um grande show de comemoração dos 50 anos, com a presença de nomes consagrados do samba brasileiro, fechando as atividades em outubro de 2011.
Para o presidente da entidade, Moacyr Oliveira Filho, o Moa, a comemoração da data é contraditória. “Temos muito o que comemorar. Estamos vivenciando nosso cinquentenário. É uma escola que é patrimônio cultural de Brasília e que se tornou referência em todo o Brasil. Tudo isso é motivo de orgulho”, alegra-se. Em meio às comemorações, ele destaca que a escola vive um momento problemático. “Nossa situação é de dificuldade por causa de nossa insegurança jurídica em relação à área que ocupa desde 1983 e que se encontra em situação irregular desde 2003, quando venceu o último contrato de ocupação com o GDF e que até hoje não foi renovado”, completa. Segundo Moa, a esperança é que o próximo governo resolva o problema.

Entenda a situação
Em 2008, o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, decidiu que a área ocupada pela escola de samba seria transformada na Vila Olímpica do Cruzeiro, onde a entidade teria sua sede e espaço para suas atividades, além de poder se habilitar, como Organização Social, a administrar a Vila Olímpica. “A obra foi licitada pela Novacap e a licitação foi homologada, mas até hoje não saiu do papel, abatida pela crise política que se instalou na cidade”, especifica.
Moacyr Oliveira ressalta que, sem alvará de funcionamento, a entidade fica impedida de promover grandes eventos, cobrar mensalidade de seus associados e até mesmo de captar patrocínios, o que está provocando uma grave crise financeira que ameaça a sua própria sobrevivência.
A 1ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural decidiu intervir. No final de setembro, o promotor Roberto Carlos Batista instaurou um Procedimento Interno para acompanhar a ação para a proteção do patrimônio cultural imaterial representado pela Aruc.

ARUC 49 ANOS

Dia 21 de outubro: 49 anos de ARUC!
Para celebrar esta data, apresentamos este vídeo com imagens históricas ao som do nosso hino.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Carnaval em clima de cinquentenário

Blog da Paola, 20/10/2010.

A Aruc, mais tradicional escola de samba de Brasília, completa, nesta quinta-feira (21), 49 anos de existência. Os preparativos para o cinquentenário da escola, porém, começam em clima de expectativa e indefinição quanto ao futuro da escola. Apesar de ter sido reconhecida oficialmente pelo GDF, por um decreto do então governador José Roberto Arruda, como Patrimônio Cultural Imaterial do DF, a Aruc luta para regularizar a situação do terreno que ocupa desde 1983.

Depois de muitas idas e vindas, em 2008, o governador decidiu transformar a área ocupada pela agremiação na Vila Olímpica do Cruzeiro, e, transformada em organização social, a própria entidade poderia se habilitar para administrar a vila e, assim, continuar no mesmo local. A obra foi licitada, a licitação já foi homologada, mas ainda não saiu do papel, abatida pela crise política provocada pela Operação Caixa de Pandora.

A situação chamou a atenção do Ministério Público que instaurou um Procedimento Interno para acompanhar a ação do Distrito Federal para a proteção do patrimônio cultural imaterial representado pela Aruc. Enquanto esperam pela solução do impasse, os dirigentes da escola preparam os festejos dos 50 anos da entidade, em 2011. A festa tem início no carnaval, quando a escola vai desfilar o enredo “Aruc Jubileu de Ouro – Uma história de amor em azul e branco”, contando a história da escola. Ao longo do próximo ano, a agremiação pretende lançar um CD com os melhores sambas-enredo da sua história, um DVD com um documentário sobre os 50 anos da entidade, dirigido pelo cineasta Vladimir Carvalho, que aceitou o convite da diretoria, e um livro com fotografias históricas.

O Projeto Aruc 50 Anos prevê, ainda, um Concerto Canta Gavião especial – tradicional evento cultural promovido pela entidade que fez muito sucesso nos anos 90, torneios esportivos e um grande show, com nomes de destaque do samba brasileiro,que fecharia as comemorações em outubro do ano que vem. Para o presidente da escola, Moacyr de Oliveira, o grande presente esperado pela comunidade cruzeirense seria mesmo do governador Rogério Rosso: a autorização, ainda este ano, para o início das obras da Vila Olímpica.

domingo, 3 de outubro de 2010

Aruc pode fechar

Procuradoria de defesa do meio ambiente abriu investigação para garantir a sobrevivência da Aruc. Associação enfrenta problemas financeiros - uma consequência da ocupação irregular.

A Aruc tem quase 50 anos de história, 30 títulos e um carnaval que virou patrimônio cultural e imaterial do DF. Mesmo com tanta glória, a Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro enfrenta problemas. A sede está em situação ilegal desde 2003, quando venceu o contrato de concessão da área, firmado com o GDF.

“Nós não temos alvará de funcionamento e isso nos impede de fazer uma série de atividades, de promover grandes eventos, de cobrar mensalidades dos nossos associados, até mesmo de captar patrocínios”, conta o presidente da Aruc, Moacyr de Oliveira Filho.

Há dois anos, o GDF fez uma proposta que poderia reverter esse impasse: transformar o clube de 38 mil metros quadrados em uma vila olímpica. Dessa forma, o terreno seria regularizado e a associação continuaria funcionando dentro da vila. No ano passado, a licitação para reforma do espaço chegou a ser feita, mas, diante da crise política, o projeto não saiu do papel.

O Ministério Público entrou no caso e a promotoria de defesa do meio ambiente e do patrimônio cultural pretende intermediar uma negociação com o governo. “Uma vez transformada em vila olímpica, as atividades da Aruc, na qualidade de organização social, atende as exigências e ela pode concorrer a administração do terreno. Como tem equipamentos instalados, para ela seria mais vantajoso”, explica o promotor Roberto Carlos Batista.

A ocupação irregular vem desde a primeira concessão. Segundo a promotoria de defesa do meio ambiente, a Aruc está em área de clube de vizinhança, mas não tem essas características. A assessoria de imprensa da Novacap informou que a construção da vila olímpica no Cruzeiro não tem data para ter início. O projeto não saiu do papel por falta de recursos.

Leonardo Ribbeiro / Marcone Prystho, DF TV 2ª edição, 2/10/2010.

MPDFT quer ajudar Aruc

A 1ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural decidiu intervir para ajudar a solucionar os problemas financeiros da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc).

A entidade funciona há sete anos em uma área irregular porque espera uma definição do governo sobre sua situação. Depois que a concessão da área que ocupa foi encerrada, o governo ficou de fazer a licitação do local para que a ocupação se tornasse regular, mas a licitação não foi realizada. Em 2009, a agremiação recebeu do GDF o título de patrimônio imaterial do DF e a promessa de transformar a área ocupada por sua sede em Vila Olímpica. Dessa forma, a Aruc teria a possibilidade de concorrer ao processo seletivo para administrar a Vila. A licitação para início da construção da vila olímpica já está pronta, falta apenas a assinatura do governador.

Esta semana, o promotor Roberto Carlos Batista convidou a direção da entidade para uma conversa para oferecer ajuda à agremiação. Moacyr de Oliveira Filho, presidente da Aruc, e Helio dos Santos, do conselho administrativo, explicaram que, por conta da situação irregular, a entidade tem dificuldades para conseguir verbas ou desenvolver trabalhos sociais e culturais para a comunidade.

O promotor Roberto Carlos Batista instaurou Procedimento Interno para acompanhar a ação do Distrito Federal para a proteção do patrimônio cultural imaterial representado pela ARUC. A partir disso, a Novacap, a Gerência das Vilas Olímpicas, a subsecretaria de Vilas Olímpicas da Secretaria de Esportes e a Secretaria de Cultura serão notificadas para que explique qual a real situação da licitação da vila olímpica. A expectatida da comunidade agora é que, com o apoio do Ministério Público, a licitação tenha andamento.

Blog da Paola, em 30/09/2010 às 16:26

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Prodema abre investigação para garantir sobrevivência da Aruc

A 1ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural reuniu-se na última terça-feira, 28, com representantes da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc). Motivado pela matéria intitulada "Balança, mas não cai", do jornal Correio Braziliense, o promotor Roberto Carlos Batista convidou presidente e conselheiro da instituição para uma conversa e que permita ao MPDFT auxiliar no encontro de soluções para os problemas financeiros causados pela irregularidade no terreno.

Moacyr de Oliveira Filho, presidente da Aruc, e Helio dos Santos, do conselho administrativo, relataram ao promotor as dificuldades de conseguir verbas para a organização em consequência do estado irregular da Associação. Por conta da instabilidade jurídica que vive, a Aruc fica impedida de desenvolver trabalhos sociais e culturais para a comunidade.

Como encaminhamento do encontro, o promotor Roberto Carlos Batista instaurou Procedimento Interno para acompanhar a ação do Distrito Federal para a proteção do patrimônio cultural imaterial representado pela ARUC. Oficiou, então à Novacap, Gerência das Vilas Olímpicas (vinculada ao Gabinete do Governador do DF), Subsecretaria de Vilas Olímpicas da Secretaria de Esportes e Secretaria de Cultura. O expediente requere informações sobre a licitação pendente e às possíveis medidas para remediar o problema - além de garantir a proteção do patrimônio cultural representado pela instituição.

Entenda o caso

Em 1983, o terreno foi concedido para uso da Associação pelo Distrito Federal.

Em 2003, o prazo de ocupação que havia sido firmado entre a organização e o DF expirou. Por força de um Termo de Recomendação expedido pela 4ª Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística, o governo deveria realizar licitação para ocupação correta do local, o que impediu a renovação da concessão pela Aruc. O Governo do Distrito Federal, porém, não promoveu a licitação.

Em 2009, após seis anos em situação irregular, a Escola de Samba recebeu do GDF o título de patrimônio imaterial e a promessa do governo local de transformar a área ocupada por sua sede em Vila Olímpica. Com isso, a Aruc teria a possibilidade de concorrer ao processo seletivo para administrar a Vila - desde que alterasse sua natureza jurídica para "organização social", o que ocorreu há aproximadamente dois anos. No entanto, com a mudança no governo do DF, a licitação permanece paralisada.

Fonte: Site do Ministério Público do DF e Territórios, 30/09/2010.