quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

ARUC 55 anos

A ARUC completa 55 anos em 2016 e atravessa um momento decisivo em sua história. Apresentamos este selo comemorativo e vamos preparar uma série de ações ao longo do ano, culminando com o aniversário em 21 de outubro.
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sem as escolas de samba, o carnaval de Brasília fica pela metade


Os tambores estão arriados ao chão, as fantasias desbotadas e os carros alegóricos empacados na brita. O samba-enredo é de pura disritmia. Narra um tempo sombrio de lei do silêncio e de falta de investimento no trabalho incessante das comunidades do Distrito Federal. Sem o desfile das escolas de samba, o carnaval de Brasília fica pela metade. Não há animação de bloco que ocupe esse vazio. Cala-se uma tradição trazida para a nova capital em 1962, quando a Alvorada em Ritmo sagrou-se a primeira campeã num desfile que cantava os sonhos. Sonhos? Há dois anos desfeitos.
 A ARUC está vazia, silenciosa e triste, muito triste. Essa não é a primeira vez e, provavelmente, não será a última que Brasília fica sem desfile das escolas de samba. Aconteceu em 1981, 1994, 1995, 2003 e 2015, mas confesso que, desta vez, está doendo mais. Está mais triste, mais pesado, mais sofrido.Moa
O desabafo é do sambista Moacyr Oliveira Filho, o Moa, figura cara da Aruc (patrimônio imaterial e cultural do DF). Ecoa em todos que entendem a importância dos desfiles das escolas para além de uma noite de brilho, alegria e samba no pé.
Nitidamente, o espetáculo das escolas brasilienses vinha se aprimorando nos últimos anos, sobretudo, com a entrada da Acadêmicos da Asa Norte, que criou competitividade, elevou o nível dos desfiles e conseguiu desbancar o sempre bom carnaval da Aruc por três anos consecutivos"
Brasília carnavalesca
Carnaval é a festa da diversidade. Quanto mais plural melhor para o folião e para o governo, que pode estruturá-la como uma atividade lucrativa e de potencial turístico. Basta olhar o exemplo de São Paulo. O aumento de blocos e dos foliões de rua é um bom termômetro de que Brasília pode afastar o marasmo de capital do poder e atrair a vizinhança do Centro-Oeste, tradicionalmente sem grandes opções de festa.
Existe ainda uma diferença de gênese entre o carnaval de blocos e das escolas de samba que precisa ser sempre afirmada. Nos blocos, a brincadeira democrática é pontual. Pega-se a fantasia, diverte-se e, depois, quando tudo vira cinzas, a vida segue até o ano que vem. Nas escolas de sambas, o compromisso é coletivo e contínuo. Há uma comunidade que passa o ano trabalhando e sonhando o desfile.
Terreiro social
Jovens, muitos jovens, estão envolvidos nessas atividades. No terreiro da escola, eles gestam o entendimento e o comprometimento com a coletividade. Muitos se afastam de experiências de risco social pelo engajamento criado pela escola. É um trabalho contínuo, de paixão, de fé. Uma interrupção dessas, como essa que ocorre por dois anos consecutivos em Brasília, pode pôr tudo a perder.
As atividades da Aruc, 31 títulos e patrimônio imaterial do DF, afetam positivamente o Cruzeiro Velho. Além da construção do desfile do ano seguinte, há ali um sentimento de pertencimento da comunidade, que se reconhece pelo samba. Muitos meninos e meninas do bairro ocupam o turno seguinte à sala de aula com atividades complementares na quadra. Isso se repete em Sobradinho, com a Bola Preta, na Ceilândia, com a Águia Imperial, e no Gama, com a Mocidade.
Que 2017 seja um ano de reconstrução e as verbas de apoio para as escolas de samba venham cedo para que não se afugentem os sonhos, para que se reajuntem os sambistas em torno dos seus estandartes de fé. Que repiquem os pandeiros e o samba de Brasília volte ao sambódromo com ginga no asfalto e muito respeito.

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Pelo 2º ano consecutivo, escolas de samba não vão para a avenida por dívida e falta de repasse

por Jéssica Antunes, do Jornal de Brasília de 6 de fevereiro de 2016

Foto: Josemar Gonçalves

“Enquanto for possível ouvir um batuque, nossa cultura se manterá”. O desabafo do presidente da União das Escolas de Samba (Unisebe) ecoa no abandono e na frustração das agremiações do DF. Sem recursos repassados pelo governo pelo segundo ano consecutivo, o semblante não disfarça o desânimo, mas os componentes dos grupos esperam reversão do cenário em 2017. “Não vamos desistir”, garante Geomar Leite. 
Aos blocos que invadem as ruas da cidade, o Governo de Brasília destinou R$ 780 mil em equipamentos públicos, como banheiros químicos e segurança. Às escolas de samba, nada. “Já são dois anos com promessas”, reclama o presidente da Unisebe. Ele conta que a dívida, de cerca de R$ 2,5 milhões, aumenta a cada dia com acúmulo de juros. “Pediram nossa compreensão e que guardássemos as fantasias porque o carnaval de 2016 aconteceria. Resultado: nada”, lamenta. Seriam necessários R$ 6,5 milhões para colocar as escolas na avenida. 
Agora, além de dívidas, tristezas, frustrações, fantasias amontoadas e carros abandonados, as agremiações somam processos trabalhistas por não terem condições de arcar com o pagamento de quem participou das confecções em 2015. “A maioria das escolas não tem outra fonte de renda. Para dar continuidade, o governo tem que pagar”, revela Geomar Leite, também responsável pela Águia Imperial de Ceilândia.
"A nossa cultura não vai morrer"
A ornamentação da Acadêmicos do Riacho Fundo 2, por exemplo, acumula quase R$ 200 mil em dívidas. Eles estavam com tudo pronto para entrar na avenida, mas agora procuram uma alternativa para arcar com o déficit provocado inclusive pela contratação de 30 funcionários, que vieram do Rio de Janeiro confeccionar as fantasias. “Estamos sobrevivendo na medida do possível. O governo faz o que acha que deve fazer, mas a nossa cultura não vai morrer”, completa o presidente da Unisebe.
Em vez de festa, ratos e entulhos
A escultura de um homem de braços abertos sobre um carro enferrujado pode ser vista de longe no Recanto das Emas. A posição, no entanto, não é convidativa. No espaço onde a Associação Recreativa, Desportiva e Cultural Unidos do Recanto das Emas (Aruremas) se reunia, há somente entulho e mato alto. Quem mora por ali diz que muita coisa mudou nos últimos anos. “Aqui tinha vida. Era animado, faziam eventos, ensaios. Agora só restou abandono”, lamenta o pedreiro Valdenei Batista, 51 anos. 
Ele reclama do que aquilo se tornou: “Restam ratos, usuários de drogas, moradores de rua, água acumulada. Isso aqui, agora, não serve para nada”. Nos últimos dois anos, ele viu integrantes da escola de samba por lá, mas nunca trabalhando como antes. 
Anderson Santos, presidente da agremiação, diz que o cenário da escola é justamente o que se vê: abandono. “Nós também estamos nos sentindo abandonados, mas pelo governo. A Aruremas não está fazendo nada. A gente não consegue trabalhar sem verba”, conta. Ele questiona a ajuda aos blocos: “Se não tem dinheiro para promover o Carnaval por completo, deveria ter direcionado para educação, saúde, transporte”.  
A Administração Regional do Recanto das Emas informou, em nota, que a Aruremas foi criada em 1997 e, há mais de 15 anos, usa o espaço cedido e é responsável pelo cuidado do local. Apesar disso, o espaço estaria incluído em programas de ações da regional e passa por limpeza. A administração acusa dificuldade em contatar os responsáveis pela agremiação para retirar objetos e equipamentos que possam ser pontos de acúmulo de água e aguardam entrega de documentação solicitada.
Versão oficial
Por telefone, a assessoria de comunicação da Secretaria de Cultura informou que a promessa para quitação das dívidas contraídas pelas escolas de samba se deu no governo passado. Em 2015, o que teria acontecido foi uma tentativa de cumprimento, o que não foi possível diante da situação financeira do DF. Neste momento, a pasta não teria condições nem de pagar os atrasados nem de realizar novos repasses. 
No entanto, haveria uma aproximação entre as agremiações e o secretário de Cultura para promover a captação de recursos com a iniciativa privada ou a inserção na Lei de Incentivo à Cultura, já que as perspectivas para 2017 não seriam boas. A expectativa é que, em março, as conversas continuem. 
Trabalho, fantasias e sonhos perdidos
Isabela Teles tem 21 anos. Se mudou há pouco para o Guará, se formou como passista, mas não consegue vestir a fantasia e entrar na avenida. Os cancelamentos de repasse de verba do Governo do Distrito Federal (GDF) não a deixam realizar o sonho. “Não consigo desfilar porque não tem desfile. Nem fantasia eu tive porque o Carnaval não foi para frente nesses dois anos. Fico triste, frustrada. Quem sabe no ano que vem…”, espera a passista.
No barracão da Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), ela ajuda a confeccionar fantasias por encomenda. O serviço é, junto com eventos, o que mantém as verbas da escola, que não tem dívidas. Os protótipos das fantasias estão guardados em uma saleta. Os carros, enferrujados pelas ações de sol e chuvas, em um canto do terreno. A escultura de um touro, que desfilou na avenida há três anos, descansa encostado no portão. Por enquanto, nada sai do papel. 
“Nossa expectativa era de fazer o desfile, botar nossa escola na avenida. Mas novamente o governo veio com discurso que não tem dinheiro para as escolas. Nós ficamos frustrados”, diz o estilista William Borges. Ele explica que o GDF precisaria arcar com metade dos custos. 
“O que a gente fica mais triste é que a escola de samba trabalha muito com a cultura. O que mostramos na avenida é a nossa arte. Estão querendo tirar isso da gente, mas ainda lutamos”, lamenta o estilista.
Saiba mais
A Lei 4.738/2011 institui o Carnaval com evento oficial do Distrito Federal  e prevê que deve ser organizado, gerido e apoiado financeiramente pela Secretaria de Cultura. 
A legislação diz ainda que a realização dos desfiles das escolas de samba, dos blocos de enredo e carnavalescos tradicionais será contratada pela pasta com recursos provenientes do orçamento do Distrito Federal.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Escolas de samba do DF tiveram prejuízo de R$ 2,5 milhões com cancelamento de desfile

Do site Metropoles

Tomados pelo sentimento de frustração devido á falta de apoio do GDF, organizadores não se animaram sequer a criar eventos em suas próprias quadras para os dias de folia

O Carnaval, que em princípio deveria ser motivo de alegria, tem causado sentimento contrário nos integrantes das escolas de samba do Distrito Federal. É a segunda vez que as agremiações investem em alegorias e fantasias para um desfile que não acontece devido à falta de investimento do GDF no evento.

Segundo o presidente da União das Escolas de Samba do DF, Geomar Leite, os prejuízos estão em torno de R$ 2,5 milhões. Com a conta a pagar, sem expectativas e sem infraestrutura, as escolas mais tradicionais da cidade sequer se animaram a criar uma programação alternativa para os dias de folia.“O sentimento é de frustração”, afirma Leite.


Croqui de fantasia da Acadêmicos da Asa Norte, para o desfile de 2015

“Maior crise da história”
A Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc) é a escola mais antiga da capital, fundada em 1962. De acordo com o presidente do conselho administrativo da agremiação, Hélio dos Santos, essa foi a maior crise já vivida pela Aruc na história. O prejuízo chega próximo a R$ 150 mil e o medo está em não saber se o material produzido será aproveitado para o carnaval de 2017.

A Aruc não fará nenhuma apresentação durante o feriado de Carnaval. Apenas nessa escola, cerca de 300 pessoas, que trabalham na construção de alegorias, figurino e demais atividades relacionadas ao carnaval, deixaram de contar com estão sem emprego.

A Acadêmicos da Asa Norte está pessimista com o cenário atual. A agremiação também não fará apresentações alternativas durante o feriado. “Não queremos que a escola de samba se torne um bloco de rua”, afirma o presidente Robson Farias.

Para mim, é um sentimento de decepção. Estou me preparando para que essa decepção não seja maior no próximo ano"
Robson Farias, presidente da Acadêmicos da Asa Norte

Para ele, a expectativa é de que no ano que vem também não haja desfile das escolas de samba em Brasília. “Para mim, é um sentimento de decepção. Estou me preparando para que essa decepção não seja maior no próximo ano”, comenta.

Apesar da frustração, a bateria da Acadêmicos do Riacho Fundo II preferiu não guardar os instrumentos no armário. O grupo fez uma apresentação na sexta (5/2), no Bar do Alemão, na Asa Norte, e volta a se apresenta no local neste sábado (6/2), a partir das 22h.

O presidente da agremiação, Francisco de Assis, disse que também recorrerá aos parceiros e movimentos sociais para que ritmistas e passistas possam fazer uma apresentação no Riacho Fundo, nestes dias Carnaval, mas até ontem não tinha certeza sobre a realização do evento.

Texto de Moa: A tristeza pela ausência do desfile


Passei hoje pela ARUC e confesso senti um aperto no peito. Uma tristeza profunda invadiu meu coração. Hoje é sexta-feira de Carnaval e aquele solo sagrado do samba era pra estar fervendo, fervilhando, pulsando forte. O Barracão a todo vapor, correria pra dar os últimos retoques no acabamento dos carros alegóricos. Isaias Mendonça, com aquele mau humor tradicional, reclamando que tá faltando material. Andre Alves de Freitas terminando a pintura das suas esculturas. Jair Soares da Silva, soldando os últimos queijos.Helio Tremendani, apertando as mãos, agitado, mandando Kleber Dias ePedro Gonzalez correrem atrás das últimas compras. Reinaldo Dos Reis Reiscolocando os conduites nas saias das Baianas. Francisco Paulo Do Nascimento trazendo um lanche pra rapasiada. Wellington Vareta agitado esperando anoitecer para mais um ensaio secreto da Comissão de Frente. Na sala da Bateria, Mestre Anderson Chaves Rosa e seus diretores Flavio Vitorino CostaDanielle AlencarLisa Fernanda Gomes de Souza e Marcelo Jorge encorando surdos, repiques e caixas. William Borges com seu 

lotado de passistas e destaques ajeitando os últimos retoques das fantasias.Cleuber Oliveira olhando a Ordem de Desfile e combinando detalhes com a Harmonia. Ana Paula Salim Bastos, enlouquecida, tentando fechar a lista das camisas da Diretoria, Harmonia e Amigos da ARUC. Maria Xereu Claudiaorganizando a distribuição das fantasias para as Alas. Luzia Tremendanivendo os últimos detalhes da fantasia da Jas Oliveira. O presidente Márcio Coutinho, o Careca, e o vice de Carnaval, Dinho Lopes Monteiro Filho, em compromissos em São Paulo, ligando toda hora pra saber das coisas. Mas não tinha nada disso.
A ARUC estava vazia e silenciosa.
E triste, muito triste. 

Essa não é a primeira vez, e provavelmente não será a última, que Brasília fica sem desfile das escolas de samba. Já aconteceu em 1981, 1994, 1995, 2003 e 2015, mas confesso que dessa vez está doendo mais. Está mais triste, mais pesado, mais sofrido.

Não sei se porque a vontade de reconquistar o título, perdido nos últimos três desfiles, era muito grande. Ou se a dúvida sobre o futuro é maior ainda.

Governos e governantes não olham as escolas de samba com a seriedade com que nós da ARUC, por exemplo, tratamos do nosso Carnaval. Não encaram as escolas de samba como um importante investimento na preservação da cultura popular, mas sim como uma despesa incomoda. Parecem aliviados de terem se livrado dela. E as declarações que temos visto de alguns Secretários do GDF, como o de Cultura, por exemplo, não são nada animadoras. Ele parece disposto a se transformar no coveiro das escolas de samba, embora com um discurso aparentemente politicamente correto. 

Daí a tristeza profunda. Maior que das outras vezes. 
Nós da ARUC vamos continuar resistindo, lutando para manter viva a bandeira do samba e do Carnaval, realizando eventos, ensaiando nossa Bateria Ritmo Quente, nossos casais de Mestre -Sala e Porta-Bandeira, nossa Ala de Passistas, nossos intérpretes e nossos sambas. 

E apesar do Secretário Guilherme Reis, confiamos no compromisso assumido pelo governador Rodrigo Rollemberg, num evento no Guará, no final do ano passado, de que iria convocar os dirigentes das escolas de samba para anunciar medidas que garantam a volta dos desfiles em 2017. 

Mais do que confiar, estamos dispostos a liderar, com o peso da nossa história, da nossa tradição, dos nossos 31 títulos e da nossa condição de Patrimônio Cultural Imaterial do DF, uma discussão séria e franca sobre um novo modelo, mais enxuto, para os desfiles. 

E continuamos esperando o chamado do Governador. 
Tanto confiamos que já estou trabalhando numa proposta de enredo para o Carnaval 2017, a ser apresentada à nova Diretoria da ARUC, que será eleita em abril. Um enredo todo em azul e branco para recuperar nossa auto estima. 
Mas enquanto o Governador não nos chama, a incerteza e o medo sobre o futuro falam mais alto.
E o silêncio da ARUC nessa sexta-feira de Carnaval fez as lágrimas rolarem discretamente dos meus olhos e descerem vagarosamente pelo meu rosto.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Aruc e o carnaval 2016

Foram dois eventos de sucesso nestas últimas semanas. O 2o Encontro de Bandeiras das Escolas de Samba do DF no dia 24 e a feijoada de lançamento do Consulado da Portela no dia 30 não só movimentaram o pré-carnaval como mostraram do que a ARUC é capaz.
A ausência do desfile pelo segundo ano consecutivo é grave e atrapalha seriamente atividades que envolvem tanto a cultura local (os desfiles existem desde 1962) quanto a economia, pois a produção do desfile gera empregos e renda na cidade.
A ARUC, como as suas co-irmãs, se ressente com a ausência da sua principal atividade que é o desfile. Ele precisa ser repensado, debatido, mas deve ser resgatado. Carnaval sem desfile de escola de samba fica descaracterizado.
Independente deste grave problema a Aruc faz sua parte. Promoveu atividades que atendem o Cruzeiro e toda Brasília, trazendo um grande público que vem prestigiar o samba tradicional e sabe valorizar esta expressão cultural.

Se 2016 não tem desfile mais uma vez, tem samba e tem ARUC na luta para preservar este legado. E que os desfiles possam retornar no ano que vem!