domingo, 28 de janeiro de 2018

Portela: Tributo à vaidade



Foi aberta na sexta 26/01, na Biblioteca Pública do Cruzeiro, a exposição Portela - Tributo à Vaidade, com as presenças do administrador regional do Cruzeiro, Hélio dos Santos; do presidente da ARUC e do Consulado da Portela no DF, Moacyr Oliveira Filho; do vice-presidente da Academia Cruzeirense de Letras, Pietro Costa; do representante da Casa da Memória do Cruzeiro, Mauro Rocha; da diretora da Biblioteca Pública do Cruzeiro, Lili Pessoa; e de componentes da ARUC e da comunidade do Cruzeiro. 
A exposição poderá ser vista na Biblioteca Pública do Cruzeiro, de segunda à sexta, das 9 às 22 horas, e aos sábados,  das 9 às 16 horas,  até o dia 17 de fevereiro.




segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Mesmo sem desfile oficial das escolas de samba ,ARUC tem intensa programação no Carnaval

https://7minutos.com.br/, 15 de janeiro de 2018

A ARUC será homenageada por dois blocos de rua do Carnaval de Brasília – o Suvaco da Asa e o Virgens da Asa Norte, e vai participar dos desfiles desses blocos, nos dias 20 e 27 de janeiro


Mesmo sem o desfile oficial das escolas de samba, pelo quarto ano consecutivo, a ARUC, mais tradicional escola de samba da cidade, maior campeã do carnaval de Brasília e Patrimônio Cultural Imaterial do DF, fiel ao seu compromisso em defesa do samba, do Carnaval e da cultura popular, terá uma extensa programação no Carnaval 2018.

A ARUC será homenageada por dois blocos de rua do Carnaval de Brasília – o Suvaco da Asa e o Virgens da Asa Norte, e vai participar dos desfiles desses blocos, nos dias 20 e 27 de janeiro, numa demonstração de que a polarização entre blocos de rua e escolas de samba, criada por alguns burocratas da cultura e do turismo, é falsa e artificial. Blocos de rua e escolas de samba sempre estiveram unidos em defesa do Carnaval, da alegria e da cultura popular.

Vale lembrar que a ARUC, em 1978, por exemplo, apoiou a criação do Pacotão e sempre participou dos desfiles do bloco, nos
seus anos de glória, nas décadas de 70 e 80.

No dia 20 de janeiro, a ARUC realiza seu Ensaio Geral para o Carnaval 2018, junto com o Bloco Fio Desencapado e sua Bateria Furiosa, numa grande festa que vai comemorar, também, os 2 anos do Consulado da Portela no DF, com a participação especial de Gilsinho, intérprete oficial da Portela, a atual campeã do carnaval carioca.

[A festa começa às 18 hora e terá, também, as participações da Bateria Ritmo Quente e da Ala Show da ARUC e do sambista Cláudio Roberto & Banda.

Os ingressos custam R$ 20,00 e já estão à venda na Secretaria da ARUC. 
No dia 2 de fevereiro, a ARUC se apresenta, junto com outras escolas co-irmãs, do evento oficial do GDF, entre a Sala Funarte e a Torre de TV, a partir das 19 horas, que terá, também, shows de duas atrações nacionais, ainda em fase final de negociação.

No dia 3 de fevereiro, a ARUC participa do Pauta na Rua, bloco dos jornalistas do Correio Braziliense, a partir das 16 horas, no estacionamento do jornal, e à noite, a partir das 21 horas, realiza, em sua quadra, o 2º Baile Azul e Branco, com Dhi Ribeiro & Banda, Bateria Ritmo Quente e Ala Show da ARUC, desfile de fantasias e outras atrações, resgatando o clima dos antigos Carnavais.

E no domingo e segunda-feira de Carnaval, dias 11 e 12 de fevereiro, às 17 horas, a ARUC se apresenta no Carnaval do CCBB.
Para o presidente da ARUC, Moacyr Oliveira Filho, o Moa, essa agenda de eventos carnavalescos mostra a força da ARUC e do Carnaval de Brasília.

“Mesmo sem atingir nosso principal objetivo, que é a volta dos desfiles oficiais das escolas de samba, a ARUC mostra sua força e a sua tradição no Carnaval de Brasília, mantendo firme a bandeira do samba, do Carnaval e da cultura popular. É impossível falar de Carnaval em Brasília, sem falar da ARUC”, afirmou.

Mesmo após 4 anos sem investimentos do governo, luta pelo samba continua

Por Mayara Subtil, Correio Braziliense de 11/01/2017

A crise dos desfiles das escolas de samba do Distrito Federal se arrasta há quatro anos. Apesar da falta de previsão de investimento do governo, organizadores acreditam em um retorno das apresentações de rua


Há quatro anos, Brasília não vive as tradicionais histórias de samba contadas na avenida. Os enfeites dos carros alegóricos deram lugar à ferrugem. Momentos como a correria pela fantasia e o ensaio para que a música e o ritmo estejam na ponta da língua — e do pé — foram trocados por pó, silêncio e incertezas. Mesmo assim, as escolas de samba do Distrito Federal fazem o possível para que as portas continuem abertas.

Para a folia de 2018, o governo apoiou uma apresentação de seis agremiações do grupo especial em evento exclusivo. A atividade ocorrerá em 2 de fevereiro, no gramado entre a Torre de TV e a Fundação Nacional de Arte (Funarte). Além disso, a festa contará com a presença de outras duas atrações, em fase de contratação.

Crise parecida aconteceu entre 1994 e 1995. Porém, essa é a primeira vez que a cidade não conta com desfiles por tantos anos consecutivos. “Isso fere a alma da escola, sendo que a satisfação maior é trabalhar duro por um ano para entrar na avenida”, afirma o presidente da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc), Moacyr Oliveira, o Moa.

A última vez que houve investimento destinado ao carnaval brasiliense foi em 2014. No total, as escolas receberam mais de R$ 5 milhões para a festa (veja Verbas). Além da falta de investimento, as escolas devem mais de R$ 2,5 milhões aos fornecedores que auxiliaram no desfile de 2015, que não foi realizado. Hoje, Brasília conta com 21 agremiações filiadas à União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo de Brasília (Uniesb).

O presidente da Uniesb, Geomar Leite, o Pará, acredita que a situação pode melhorar. “Em quatro anos de governo, são quatro anos sem desfiles. Não vi nem mesmo um repasse. Em 40 anos de carnaval brasiliense, isso nunca aconteceu”, frisou. “Enquanto tiver samba, o carnaval está vivo. Temos essa luta de manter uma cultura popular, que é patrimônio cultural brasileiro. E o Estado precisa garantir isso”, completou.

A garantia vem da Lei nº 4.738/2011. O decreto institui o carnaval como evento oficial do DF e menciona, ainda, que precisa ser “organizado, gerido e apoiado financeiramente pela Secretaria de Estado de Cultura do DF”. A legislação ressalta, inclusive, que os desfiles das escolas de samba, assim como os blocos de enredo e carnavalescos tradicionais, são garantidos graças ao orçamento da capital.

A Secretaria de Cultura informou, em nota, que custear os desfiles tem sido insustentável para o governo. Com os cofres públicos no vermelho, o Executivo local não tem como arcar com o evento. Porém, apoia a volta da programação carnavalesca e “estuda meios de as agremiações captarem recursos ao longo de todo o ano, com eventos, oficinas e parcerias com a iniciativa privada”. 

A secretária adjunta de Cultura, Nanan Catalão, explicou que o problema maior é a falta de proposta para a contratação da empresa que cuidará da festa. “Recebemos apenas uma e insuficiente”, disse. Segundo ela, o auxílio privado é bem-vindo. “Porém, é mais importante ainda que as empresas venham com propostas relevantes, bem como justo com o ganho privado de publicidade, isso em relação ao valor que esteja disposto a investir”, concluiu.

Recomeço

Nesse tempo, a Aruc, que completa 57 anos em 2018, tenta se manter em atividade. Moacyr Oliveira, no quinto mandato à frente do grupo, diz que depender apenas de verbas públicas não adianta. É preciso formar um novo modelo de carnaval. “Vi isso tudo sair do papel, tudo ser construído. Mas, assim como o mundo, o carnaval necessita se reinventar. Por conta desse tempo sem samba, não tem como voltar aos velhos tempos. É um recomeço”, avaliou.

Os quatro espaços da Aruc — galpão de ensaio, confecção de carros alegóricos, lazer e eventos —, distribuídos em uma área de 32 mil metros, estão vazios. “Nessa época, estaríamos correndo com os preparativos. Hoje, nem fantasias temos para contar história, mas quero que o samba volte”, ressaltou Moa. Para os desfiles, a escola contava com uma equipe de mais de mil pessoas, entre costureiras, músicos, coreógrafos e desenhistas. Hoje, há 50.

Por causa disso, a Aruc mantém parceria com blocos de rua. Neste ano, o grupo do Cruzeiro desfilará com o Suvaco da Asa, as Virgens da Asa Norte e o Fio Desencapado. “Não é pela crise. Essa polêmica de que carnaval em Brasília é só bloco não existe. Os organizadores que nos procuraram. E a parceria vai continuar”, reforçou Moacyr. A Aruc também se prepara para se apresentar no evento organizado pelo governo.

Outra tradicional escola de samba que marcará presença na Torre de TV em 2 de fevereiro é a Acadêmicos da Asa Norte, que faz a alegria dos brasilienses há 49 anos. Entre 2012 e 2014, sagrou-se tricampeã da folia candanga. Porém, o presidente da agremiação, Jansen Melo, está preocupado com o futuro das escolas brasilienses. “Nem o GDF em si, muito menos a Secretaria de Cultura, nos deram mais atenção”, reclamou. “Contratamos muita gente. Tínhamos até uma equipe de costureiras que cuidavam das fantasias na Estrutural. Hoje, dependemos de eventos que não suprem as necessidades”, lamentou.

Desfile

As seis escolas tradicionais que se apresentarão são: Acadêmicos da Asa Norte, Águia Imperial de Ceilândia, Aruc do Cruzeiro, Bola Preta de Sobradinho, Império do Guará e Unidos da Vila Planalto/Lago Sul. A escolha das escolas foi feita pelo Governo do Distrito Federal. O motivo de ter apenas seis escolas, segundo o Executivo local, é o limite de verba.