terça-feira, 4 de outubro de 2011

Futsal juvenil e aspirante – os times que jogavam por música

Juvenil
Na foto: Alfredo Guedes, Taco, Ari, Ricardo, Careca e Gilson. Monga, Carlos, Flávio, Silvio e Gildo.

Em 1981 a ARUC montou um grande time para disputar o campeonato juvenil de Brasília, sob o comando do atleta da equipe principal Zequinha. O time fez uma campanha brilhante e foi para a final contra a AABB. Na semana que antecedeu o jogo decisivo, os dirigentes da equipe adversária pediram para adiar a final dando alegações sem sentido e que no fundo, eles queriam contar com seu melhor atleta, o pivô Galo, que cursava Arquitetura na UERJ.

De imediato concordamos, porque o título só teria um gosto especial com o adversário completo. A final foi na quadra da ASCADE totalmente lotada, com a torcida da ARUC prestigiando em peso. Perdemos nos pênaltys.

Nos dois anos seguintes fizemos a final contra o mesmo time em partidas memoráveis de toda equipe, sob o comando do experiente treinador Alfredo Guedes, com a equipe sagrando-se bicampeã de Brasília.

AspiranteNa foto: Cláudio Buru, Carlos João, Cléber, Beto, Feijão, Bira e Pinóquio.
Betinho, Taco, Gaúcho, Nando, Jair, Gildo, Careca e Sinval. (Jorge Testa)

Esta foi uma categoria criada para os jogadores que completavam a idade para a equipe juvenil e não tinha ainda oportunidades na equipe principal. Isso fez com que a ARUC montasse um verdadeiro timaço, chegando ao ponto dos times adversários desistirem do campeonato porque a ARUC só ganhava de goleada, tendo uma partida com o placar de 23x0.

Do grupo de times campeões da ARUC neste período, os atletas Gildo e Luís Pinóquio brilharam no futsal espanhol durante muitos anos e outros atletas só não foram para o exterior porque optaram por trabalhar e estudar.

Nas duas equipes o grupo de atletas era em sua maioria do Cruzeiro Velho e Novo, oriundos da escolinha da ARUC. Havia uma dedicação muito grande de toda a equipe e um empenho maior ainda nos treinamentos. Sabíamos que tínhamos de vencer dentro e fora da quadra, porque éramos um time de uma cidade abandonada e de uma escola-de-samba.

O transporte dos atletas era feito em uma Kombi, variando do Seu Bill, João Beiçola e o velho Chefia. O retorno dos jogos era uma festa, sempre comemorando uma vitória ao som do que eu considero o segundo hino da ARUC “O que é, o que é” de Gonzaguinha.

Todos cantavam em especial o refrão “Viver! / E não ter a vergonha / de ser feliz / cantar e cantar e cantar / A beleza de ser / um eterno aprendiz...


Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

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