Seu Babi foi um dos primeiros moradores do Cruzeiro e sempre foi muito respeitado pela comunidade pelo seu jeito simpático de tratar questões polêmicas. Sempre que havia um problema no clube Cruzeiro do Sul (local onde hoje funciona a ARUC) ou até mesmo questões pessoais envolvendo moradores da cidade, seu Babi era convocado para intermediar e sempre conseguia resolver.
A minha maior aproximação com ele foi em meados da década de 60 quando o clube do Cruzeiro tinha um time de futebol veterano e seu Babi atuava como zagueiro. Em todos os jogos eu estava à beira do campo procurando aprender, pois admirava o futebol praticado por todos da equipe. Certa ocasião seu Babi me convidou para jogar também.
No primeiro momento tomei um susto, pois como poderia, com apenas 15 anos, atuar junto com uma geração de craques. De tanto insistir acabei aceitando. Entrei no segundo tempo e foi uma das maiores satisfações que tive como atleta.
Tempos depois, já em 1975, acabei fazendo parte da diretoria da ARUC, tendo seu Babi como membro do Conselho Deliberativo. Ele desfilou na Comissão de Frente e na Harmonia. Era presença constante no barracão e ajudava a comandar os ensaios. Quando a ARUC perdia, ele não perdia a elegância e sempre procurava acalmar os cruzeirenses com os nervos aflorados por não estarem acostumados a perder.
Seu Babi não está mais com a gente, mas deixou um grande legado para nós, cruzeirenses, sempre com a voz em tom baixo e com a tranqüilidade, sempre foi o ponto de equilíbrio da ARUC para mim uma das pessoas da entidade com quem mais eu me identifiquei.
Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC
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