» Vítor de Moraes, SuperEsportes, Correio Braziliense, 11/02/2013.
Bianca Fiuza sempre frequenta os ensaios da Aruc e guarda na memória os enredos da escola de samba: Fico com a música na cabeça de tanto ouvir |
Porta-bandeira, pouco chegada ao samba e carateca. O perfil pouco provável é de uma dama do carnaval. A postura ao empunhar o estandarte da Aruc e o sorriso da menina de 19 anos dão a Bianca Fiuza ares de sambista, feliz com o posto. Desde os nove, desfila pela passarela, arte aprendida quando levava a bandeira da Candangos do Bandeirante. Na mesma época, a garota teve de fazer uma escolha entre o balé e o caratê. Ficou com a segunda opção.
Bianca venceu um Campeonato Brasileiro da modalidade, além de guardar medalhas de ouro do Sul-Americano de General Pico (Argentina) e de prata do Pan-Americano de Mar del Plata, também no país vizinho. Os anos de prática renderam à carateca a faixa preta. Na Aruc, Bianca tem quase a mesma hierarquia no posto que ocupa. Segunda porta-bandeira, ela seria uma espécie de faixa marrom da escola do Cruzeiro.
A relação com a Aruc começou aos 13 anos. O pai, Luiz Cesar Fiuza, deixou o Rio de Janeiro, onde tinha paixão pela Arranco de Engenho de Dentro. A adoção das mesmas cores levou Luiz à escola cruzeirense, na qual, hoje, integra a diretoria. O ex-professor de história levava a garota aos ensaios. Na época, ela, garota, ficou fascinada com as alegorias e com a presença das porta-bandeiras. Não foi exatamente a música que a levou a admirar a folia. “Achei tudo muito bonito, a postura da pessoa que carregava o símbolo da escola”, lembra.
Mesmo mantendo o samba longe das playlists selecionadas durante o ano, Bianca está sempre com a letra do enredo da Aruc na memória. Presente aos ensaios da escola, a carateca não precisa lutar para decorar o tema. “Fico com a música na cabeça de tanto ouvir”, conta, reforçando o amor pela alviceleste. “Mas gosto mesmo é de rock, pop”, diverte-se.
Pai gavião
Bianca mora com o pai. Foi Luiz Cesar quem levou a garota à primeira academia de caratê, na Candangolândia. Depois, ela foi transferida para outra em Sobradinho. A partir daí, a esportista passou a disputar competições. “No início, a Bianca ainda não tinha muito ritmo de campeonato”, conta Luiz. Com o tempo, Bianca passou a viajar e a ganhar as primeiras medalhas.
Empolgado, o pai resolveu se aliar a ela. Aos 52 anos, fez a inscrição na mesma academia de caratê frequentada pela filha. Hoje, faixa roxa, Luiz pretende levar o esporte a escolas carentes. “Quero o pior lugar que encontrar, o que tiver mais drogas. Temos de ajudar essas crianças”, prega.
Longe de campeonatos — Luiz se sente ansioso neles —, o pai de Bianca faz o que pode para a filha lutar por medalhas. “O paitrocínio é eterno. Não sei como consegui levantar dinheiro para ela viajar para fora do país”, diz, emocionado.
Três formas de amor
O samba-enredo da Aruc este ano tem o tema O gavião apaixonado apresenta três formas de amor. A letra, interpretada por Ito Melodia, é de Dilson Marimba, Diego Nicolau, Diego Tavares e Cláudio Russo.
4 medalhas
Honrarias conquistadas por Bianca Fiuza como carateca
"Achei tudo muito bonito, a postura da pessoa que carregava o símbolo da escola. Mas gosto mesmo é de rock”
Bianca Fiuza, carateca e porta-bandeira
Médica de bichinhos
Além da Aruc e do caratê, Bianca tem mais um compromisso. Ela cursa o segundo semestre de veterinária. A carateca e porta-bandeira é daquelas que recolhem animais na rua para dar banho e comida. “Ela mistura gato e cachorro lá em casa, é uma bagunça”, brinca Luiz Cesar.
Recentemente, Bianca trocou um churrasco pelo trabalho voluntário de dar banho em animais. “Quando era pequena, dizia a meu pai que queria ser médica de bichinhos”, lembra. A luta se estende dos tatames para o altruísmo. Bianca também ajuda idosos e crianças.
A relação com a Aruc começou aos 13 anos. O pai, Luiz Cesar Fiuza, deixou o Rio de Janeiro, onde tinha paixão pela Arranco de Engenho de Dentro. A adoção das mesmas cores levou Luiz à escola cruzeirense, na qual, hoje, integra a diretoria. O ex-professor de história levava a garota aos ensaios. Na época, ela, garota, ficou fascinada com as alegorias e com a presença das porta-bandeiras. Não foi exatamente a música que a levou a admirar a folia. “Achei tudo muito bonito, a postura da pessoa que carregava o símbolo da escola”, lembra.
Mesmo mantendo o samba longe das playlists selecionadas durante o ano, Bianca está sempre com a letra do enredo da Aruc na memória. Presente aos ensaios da escola, a carateca não precisa lutar para decorar o tema. “Fico com a música na cabeça de tanto ouvir”, conta, reforçando o amor pela alviceleste. “Mas gosto mesmo é de rock, pop”, diverte-se.
Pai gavião
Bianca mora com o pai. Foi Luiz Cesar quem levou a garota à primeira academia de caratê, na Candangolândia. Depois, ela foi transferida para outra em Sobradinho. A partir daí, a esportista passou a disputar competições. “No início, a Bianca ainda não tinha muito ritmo de campeonato”, conta Luiz. Com o tempo, Bianca passou a viajar e a ganhar as primeiras medalhas.
Empolgado, o pai resolveu se aliar a ela. Aos 52 anos, fez a inscrição na mesma academia de caratê frequentada pela filha. Hoje, faixa roxa, Luiz pretende levar o esporte a escolas carentes. “Quero o pior lugar que encontrar, o que tiver mais drogas. Temos de ajudar essas crianças”, prega.
Longe de campeonatos — Luiz se sente ansioso neles —, o pai de Bianca faz o que pode para a filha lutar por medalhas. “O paitrocínio é eterno. Não sei como consegui levantar dinheiro para ela viajar para fora do país”, diz, emocionado.
Três formas de amor
O samba-enredo da Aruc este ano tem o tema O gavião apaixonado apresenta três formas de amor. A letra, interpretada por Ito Melodia, é de Dilson Marimba, Diego Nicolau, Diego Tavares e Cláudio Russo.
4 medalhas
Honrarias conquistadas por Bianca Fiuza como carateca
"Achei tudo muito bonito, a postura da pessoa que carregava o símbolo da escola. Mas gosto mesmo é de rock”
Bianca Fiuza, carateca e porta-bandeira
Médica de bichinhos
Além da Aruc e do caratê, Bianca tem mais um compromisso. Ela cursa o segundo semestre de veterinária. A carateca e porta-bandeira é daquelas que recolhem animais na rua para dar banho e comida. “Ela mistura gato e cachorro lá em casa, é uma bagunça”, brinca Luiz Cesar.
Recentemente, Bianca trocou um churrasco pelo trabalho voluntário de dar banho em animais. “Quando era pequena, dizia a meu pai que queria ser médica de bichinhos”, lembra. A luta se estende dos tatames para o altruísmo. Bianca também ajuda idosos e crianças.
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