Equipe juvenil do Cruzeiro do Sul. Jerusa é o último agachado, da esquerda para a direita. |
Conheci o Jerusa tão logo cheguei em Brasília. Ele era o massagista do time de futebol juvenil do Cruzeiro. Como jogava mal, a única forma de estar junto dos amigos era colaborar como massagista e participou da gloriosa campanha do time do Cruzeiro do Sul, campeão juvenil de Brasília em 1962.
Ele era um excelente passista e durante muitos anos comandou uma ala com dez componentes, além disso, era ele quem desenhava os figurinos da ARUC e ajudava na confecção das fantasias.
Minha história mais marcante com o Jerusa aconteceu em um jogo de futebol entre os times do Cruzeiro e da Candangolândia. Lá pelas tantas, saiu um tumulto generalizado e nosso time foi salvo por ele, pois estávamos em menor número e jogávamos na casa do adversário. Houve, porém, um preço, pois ele contaria aos meus pais e irmãos que eu estava me metendo em confusão.
A partir dali passei a ter uma grande admiração por ele que sempre me cobrava o estudo e não abria mão disto: "Para jogar futebol tem que estudar." Depois daquela confusão não tinha como não seguir o que ele me recomendava.
Nos últimos anos, já com a saúde debilitada, não deixava de colaborar no barracão de carnaval e participar dos desfiles, sendo exatamente o ano do cinquentenário a sua despedida da avenida.
A nossa homenagem a este grande cruzeirense que vai se juntar a tantos outros que nos deixaram.
Helio dos Santos
Minhas histórias na ARUC
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