quarta-feira, 15 de junho de 2011

Carta aberta à comunidade

EU ERA FELIZ E SABIA

Cheguei em Brasília em março de 1960 e meu pai veio transferido do Rio para Brasília como funcionário da Câmara dos Deputados. Na ocasião vim morar no Cruzeiro. Passei 51 anos de uma vida feliz principalmente porque vim para um bairro onde todos se conheciam e tinham uma ótima relação entre os moradores... Enfim, o Cruzeiro era uma festa.

Isto durou até o dia 14 de junho de 2011, quando fui assaltado por dois bandidos em minha residência, portando arma de fogo e que deixaram a mim e meu filho Vinícius em uma situação extremamente perigosa. Os bandidos levaram vários bens de valor sentimental e outros de uso da família. Infelizmente conheci o outro lado do Cruzeiro que esperava nunca conhecer. Me senti abandonado pelo poder público, principalmente pela falta de segurança em nossa cidade. Fui à 3ª Delegacia registrar ocorrência, e dentre as cinco pessoas com quem tive contato, ressalto os agentes Estael e Cunha os quais me ligaram várias vezes para colher informações e me convocaram à delegacia para reconhecimento de pessoas com o perfil dos suspeitos, fato significativo por ter sido o único apoio que tive do poder público.

Resido na Quadra 06 do Cruzeiro Velho há 46 anos e jamais pensei que passaria por uma situação dessas. Gostaria de sugerir à Polícia Militar do Cruzeiro para que a viatura passasse pelas ruas, pois, assim como no caso da 711, eu poderia ter recebido socorro no momento do fato ou os meliantes nem tentariam me assaltar.

Por isso eu digo que era feliz e sabia. Hoje, com muita tristeza, ressalto que o Cruzeiro não é mais aquele.

Helio dos Santos

Um comentário:

  1. Caro Hélio,
    Você está coberto de razão. Outros vizinhos nossos também estão sendo assaltados, roubados e furtados. Inclusive nem os muros e grades estão mais sendo empecilho para os marginais. Se o Poder Público não nos oferece segurança, temos que nos prevenir. Mas nem com tanta proteção pessoal, estamos tendo sossego. E depois não querem que a gente continue com muros e grades. Casas de esquinas e/ou lindeiros às passagens de pedestres (becos) são as mais prejudicadas. Sinto isso na própria pele.
    Conte comigo.
    abraço
    Gervasio Gonçalves
    Morador da Qd.4 - Cruzeiro Velho

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