sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Figurino da ARUC para 2012 (4)



Hoje publicamos mais um figurino da ARUC para o carnaval 2012, com o enredo Portinari, as cores e as caras do Brasil.


ALA 4 - O MORRO DO RIO

A fantasia representa a obra O Morro do Rio, com a qual Portinari ganha, pela primeira vez, o mercado internacional. A obra foi comprada por Alfred Barr que a expõe no MoMA, Museu de Arte Moderna, de Nova Iorque, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse despertado pela obra faz Barr preparar uma exposição individual de Portinari em Nova Iorque.

1996 – a página negra no futsal de Brasília

Na foto: Zé Antônio, Augusto, Fernando, William, Nilson, Antenógenes, Ricardinho e Julinho.

Em 1996 fomos procurados por um grupo de atletas, em sua maioria de Taguatinga, para montar uma equipe de futsal para disputar o campeonato de Brasília. Em princípio achávamos que era apenas para participar, sem grandes pretensões. Só que o time foi ganhando e assumindo a liderança do campeonato da cidade, competindo com equipes tradicionais da época.

Ganhamos o primeiro turno e se ganhássemos o segundo turno seríamos campeões. No segundo turno, na última partida jogávamos pelo empate para ganhar também o segundo turno e foi o que aconteceu. Foi uma festa após o jogo, recebemos os cumprimentos de todos os dirigentes que estavam no local e fizemos uma grande comemoração na ARUC. Para nossa surpresa a Federação marcou uma reunião para tratar do calendário do ano seguinte e nessa reunião ficamos esperando por muito tempo, até que surgiu um diretor desconhecido com um boletim marcando a partida final contra o Candangos no final de semana.

Eu, que era vice-presidente da Federação, fiquei sem entender, mesmo porque a conquista do título pela ARUC já havia sido homologada. Vale ressaltar que antes do último jogo procurei o senhor Cláudio da Luz, secretário da Federação e Romualdo, presidente que me confirmaram que a ARUC jogaria a última partida pelo empate.

Os jogadores da ARUC não concordaram com a mudança do regulamento aleatoriamente, eu pedi demissão da vice-presidência da federação, assim como o senhor Cláudio da Luz e o diretor de árbitros Cláudio Félix. Foi a página triste da história do esporte mais popular em todos os tempos em Brasília. Uma vergonha inexplicável que só foi possível graças ao mau-caráter de algumas pessoas que se julgavam dirigentes acima de qualquer suspeita. Depois daquilo o time acabou e ficou uma grande frustração para os atletas após vencer na quadra e perder na podridão dos bastidores.

O Sr. Adão, dirigente do Candangos, não consegue convencer ninguém dessa armação sórdida. Será que a sua consciência não pesa até hoje por ter um título que não é seu?

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

Seu Valdir e dona Ruth – o casal 20 da ARUC

Conheci Seu Valdir e dona Ruth em 1976 quando passei a colaborar, além do esporte, com o carnaval. O casal morava no Cruzeiro Novo e seu apartamento estava sempre aberto para os amigos da ARUC. Sempre cabia mais um.

A maior lembrança que tenho do casal é do carnaval de 1982 quando o desfile foi realizado em Taguatinga e os componentes da ARUC não gostaram da transferência da W3 e não quiseram desfilar. Era meu primeiro carnaval como presidente e no momento em que estávamos armando a escola, fomos pegos de surpresa porque uma parte dos nossos componentes passaram com a fantasia da Academia da Asa Sul, uma escola nova que desfilava pela primeira vez. Trouxeram fantasias da Beija-Flor do Rio e isso fez com que o nervosismo tomasse conta da ARUC.

Dona Ruth chorava, já achando que iríamos perder o carnaval e Seu Valdir, também aos prantos, tentava acalmá-la. Eu, o carnavalesco Roberto e o diretor Heraldo Soares entramos em ação para acalmar os nossos componentes mostrando que o carnaval se ganhava na avenida. Pois bem. A escola concorrente fez um desfile confuso em menos de vinte minutos, o seu diretor de Harmonia empurrava a imprensa que cobria o carnaval e a maioria das fantasias que foram distribuídas por eles na avenida foram usadas pelo pessoal para brincar no Clube Primavera, que tinha o maior carnaval de Brasília e ficava próximo ao local do desfile.

Sabendo disso, o casal ficou mais calmo e fizemos um grande desfile, vencendo com uma diferença de 17 pontos para o segundo lugar, que foi a Asa Norte. Seu Valdir e dona Ruth integravam a equipe de carnaval do Roberto e ajudavam na confecção de fantasias, além da montagem de carros alegóricos e eram, juntos com Thió, responsáveis pelo bar; sem nunca ter recebido nenhum centavo pelos serviços prestados. Hoje o casal mora no Espírito Santo, mas deixou a sua neta Greice, esposa do vice-presidente de carnaval Abelardo, para sucedê-los.

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Carlos Elias e Manoel Brigadeiro – samba de raiz

A nova geração cruzeirense não conviveu com os grandes sambistas de Brasília e até mesmo do Brasil: Carlos Elias e Manoel Brigadeiro. Recentemente a diretoria resolveu homenagear Carlos Elias nomeando o novo espaço inaugurado em 3 de setembro, sendo que o Quiosque recebe o nome de Manoel Brigadeiro desde 2005.

Carlos Elias pertenceu à Ala de Compositores da Portela e em meados da década de 70 veio transferido do Itamaraty para Brasília quando foi convidado por Manoel Brigadeiro para integrar a Ala de Compositores da ARUC, escrevendo vários sambas enredos para nossa escola de samba. Ele era também muito atuante no Botequim da ARUC, criou o Clube do Samba em Brasília e durante o Projeto Pixinguinha sempre convidava sambistas famosos que vinham a Brasília para visitar a nossa ARUC.

Certa ocasião eu e um grupo de colegas que organizavam o Baile Soul aos domingos na ARUC, fomos ao restaurante Roma na W3 comer uma pizza e para nossa felicidade encontramos Carlos Elias com nada mais nada menos com um dos maiores compositores da música brasileira, Nelson Cavaquinho. Foi uma festa! Quando o sambista carioca soube que nós éramos de uma escola de samba, aí que a coisa esquentou. Ele acabou cantando várias músicas de seu repertório e não queria mais ir embora. Enfim, foi uma noite de gala.

Carlos Elias morou durante muito tempo em Paris, trabalhando no consulado brasileiro e sempre mandava cartões perguntando como estava a nossa ARUC.

Já Manoel Brigadeiro, autor do famoso samba “Tem bobo para tudo” era figura freqüente na ARUC e querido por todos. Ele sempre morou na Asa Norte, exatamente na quadra onde se concentrava a maior parte dos componentes da Acadêmicos da Asa Norte, nossa maior concorrente durante muitos anos. Sempre usando a camisa da ARUC, às vezes provocava a insatisfação dos adversários, mas ele não tinha medo e não negava a sua paixão pela nossa escola. Em um bar na Asa Norte tinha o “cantinho do Brigadeiro”: uma mesa onde diariamente ele ia tomar a sua gelada.

Hoje com problemas de saúde já não mais participa das nossas atividades. Brigadeiro foi presidente da Liga das Escolas de Samba de Brasília, é sócio benemérito e Presidente de Honra da ARUC.

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

Mauro – voz e ritmo de um guerreiro

Em 1985 a ARUC criou os Jogos Comunitários do Cruzeiro e o evento envolvia as comunidades do Cruzeiro Velho, Novo, Octogonal, SMU e SIA, e em especial os colégios da região. A idéia era que o evento fosse organizado com voluntários e nas reuniões que antecederam a abertura o Mauro que era ritmista e puxador ficou encarregado de coordenar e apitar os jogos de vôlei, junto com a sua namorada Silvinha, que era atleta federada de Brasília e já despontava como uma das grandes atletas de nossa cidade.
O evento atingiu uma dimensão muito grande com uma participação maciça da comunidade. Um dia antes da abertura fui procurado pelo Mauro que me falou que havia sido procurado por um grupo de amigos do Guará para um churrasco em Planaltina. Ponderei que ele era indispensável e não tinha um substituto para seu lugar. Não teve jeito. No dia seguinte tive de improvisar, me virando e apitando alguns jogos.
No final de uma tarde de sábado do mês de agosto, após a realização dos primeiros jogos recebi um telefonema do Vareta e que as primeiras informações indicavam o falecimento de Mauro e Silvinha no trajeto de volta de Planaltina. Fomos eu, Vareta e Zuca ao hospital de Sobradinho e infelizmente a notícia se confirmou.
Em um carro com cinco pessoas, quatro adultos e uma criança, faleceram os dois cruzeirenses. Para mim foi uma das piores notícias desde que estou na ARUC. Posso dizer que Mauro era um dos meus braços direitos. Era um grande ritmista, compositor e cantava os grandes sambas-enredos da época com grande sucesso. Quando o ensaio estava fraco eu corria até o Mauro e passava o microfone para ele. Em um instante os ensaios cresciam em animação e empolgação.
Ele freqüentava minha casa e era querido por todos no Cruzeiro e em Brasília, tendo feito parte do grupo Coisa Nossa e fez o samba mais famoso do Cacique do Cruzeiro. Quem não se lembra do refrão “Cantei, cantei e fiz a galera delirar...”
Infelizmente o destino levou uma das maiores revelações da nossa ARUC. Dos mais antigos da ARUC ninguém esquece o Mauro.

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

Figurinos da ARUC para 2012 - (3)



Hoje, divulgamos mais um fiigurino da ARUC para o Carnaval 2012, com o enredo Portinari, as cores e as caras do Brasil:



ALA 3 - O MOVIMENTO MODERNISTA

A fantasia representa o movimento modernista que em 1922 revolucionou o país, com a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, que despertou o interesse do jovem Portinari, então estudante da Escola Nacional de Belas Artes.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ARUC abre inscrições para passistas

Estão abertas inscrições para o próximo desfile da ARUC. Serão selecionadas doze passistas. As interessadas devem enviar os seguintes dados para cadastro: Nome, idade, altura e uma foto de corpo inteiro com o assunto "Seleção de passistas" para o e-mail aruc.df@gmail.com.
As selecionadas serão convidadas a participar dos ensaios que começam dia 20 de novembro.

Samba do Karrapixo.


Nesta semana, o Samba do Karrapixo com Makley Matos, direção musical de Evandro Barcellos, convida o cantor e compositor Marquinhos Sathan, pelo Projeto de Revitalização Cultural da ARUC.

Data: 29/10
Hora: 20h
Local: ARUC - Cruzeiro velho, próximo à administração
Entrada Franca
Não recomendado para menores de 16 anos.
Participação especial, Bateria nota 10 da ARUC.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Figurinos da ARUC para 2012 - (2)



Dando sequência à divulgação dos figurinos da ARUC para o Carnaval 2012, com o enredo Portinari, as cores e as caras do Brasil, disponibilizamos o figurino de mais uma ala. Na próxima semana, mais dois figurinos serão divulgados.



ALA 2 - OS LAVRADORES DE CAFÉ

A segunda ala representa os lavradores de café. Portinari nasceu numa fazenda de café e várias de suas obras tem como tema o café e os lavradores de café.

Aniversário do Renan da Cuíca

Uma geração de atletas e cidadãos.


No início da década de 80 a ARUC criou uma escolinha de futsal com mais de 150 meninos acima de 8 anos gratuitamente e a idéia era selecionar jogadores para disputar os campeonatos da cidade nas categorias menores. Além de participar dos campeonatos, a ARUC pretendia oferecer atividades sadias e formar cidadãos sem desvios de conduta.

Uma das equipes formadas nessa escolinha foi a equipe juvenil que disputou o campeonato de Brasília fazendo uma campanha brilhante e chegando a semi-final. Nessa partida a ARUC ficou sempre a frente do placar e já no final do jogo o nosso pivô Lucílio ficou cara a cara com o gol e levou um pontapé por trás, criando um tumulto generalizado com a invasão da quadra por torcedores e em especial o pai do atleta que havia iniciado a confusão. Na seqüência fui em defesa dos nossos atletas e acabei trocando “gentilezas” com o Pit-boy. Como este saiu em desvantagem avisou que ia tomar providências e foi em direção à academia de musculação do Minas para convocar a sua turma para dar o troco. Fui salvo pelos dirigentes do Minas, Joanilson Ventura e Valcir que me esconderam na sauna até que a polícia chegasse.

Voltamos escoltados até a entrada do Cruzeiro e disso tudo ficou uma revolta muito grande entre todos, porque estávamos com a classificação praticamente garantida e acabamos ficando de fora. A maioria dos atletas dessa época formariam o grupo dos Chegados. A orientação que passávamos aos atletas era para manter a disciplina e a postura de atleta, bem uniformizados e que se evitasse ao máximo qualquer tipo de confusão com adversário, arbitragem e torcedores, porém, caso fossemos ofendidos ou agredidos, todos tínhamos que ajudar na defesa. Havia um preconceito muito grande dos clubes sociais com a ARUC, por ser de uma escola-de-samba e de um bairro esquecido e abandonado como era o Cruzeiro, mas o nosso trabalho nas categorias de base superava todas essas adversidades.

Helio do Santos e colaboração do professor Rafael.
Minhas histórias na ARUC.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PROJETO ARUC REVITALIZAÇÃO DO SAMBA TRAZ DIRETO DO RIO DE JANEIRO CHARLES ANDRÉ CANTANDO GRANDES SUCESSOS DO SAMBA! HOJE DIA 22/09 A PARTIR DAS 20H


PROJETO ARUC REVITALIZAÇÃO DO SAMBA TRAZ DIRETO DO RIO DE JANEIRO NESTA QUINTA FEIRA 22/09 A PARTIR DAS 20H, CHARLES ANDRÉ CANTANDO GRANDES SUCESSOS DO SAMBA!... KARRAPIXO CULTURAL, BATERIA DA ARUC E GRUPO QUASE 10 - GO. ENTRADA FRANCA, 0800, DE GRAÇA, GRATUITO.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Thió – a trajetória do velho guerreiro

Yoshio Ide, o popular Thió, foi tesoureiro, secretário, enfim, uma faz-tudo na ARUC. Tinha o respeito de todos os componentes e comandava o bar com competência. Em meados da década de 70 a ARUC promovia o Torneio Aberto de Futsal que chegava a ter 100 times do DF e do Entorno. Em um domingo a tarde, após o último jogo, estávamos preparando a tabela das próximas rodadas e Thió estava em um barzinho próximo à ARUC aguardando acabar a reunião para emitir o boletim dos jogos para em seguida levarmos aos jornais. Eis que somos pegos de surpresa quando Seu Jorge, diretor de harmonia na época, chega ofegante e passando mal dizendo que Thió tinha sido seqüestrado.

Saímos então à procura nos quartéis, delegacias e Polícia Federal. Demorou a descobrirmos o que tinha acontecido. Thió fora seqüestrado covardemente por agentes da repressão e além de ser agredido, simplesmente por que foi simpatizante de um partido de esquerda, ficou nos porões da ditadura no Rio e em Brasília durante muito tempo, sendo torturado pelos monstros do regime. Perdeu o emprego e nada ficou provado contra ele. Conseguiu voltar depois de muitos anos ao nosso convívio e foi reintegrado à gráfica do Senado. Atuou por mais algum tempo na ARUC e retornou ao Rio de Janeiro onde reside até hoje.

Mesmo depois de muito sofrimento, Thió conseguia manter a calma e era sempre consultado por todos os presidentes que passaram pela ARUC. Era meu amigo pessoal, além de ser um confidente, sabia ouvir e sempre tinha um encaminhamento para solucionar os problemas que a vida nos apresenta. Foi uma lição para todos nós que convivemos com ele. Deixou um grande legado para nossa entidade que foi a correção com que tratou as questões administrativas e financeiras, sendo um exemplo de humildade.

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

Júnior do Cavaco – o poeta do samba

Conheci Júnior do Cavaco através do seu pai, seu Remédios, na época em que estudávamos juntos no turno noturno do Ginásio do Cruzeiro. Em meados dos anos 80 Júnior já dava seus primeiros acordes no cavaco. A partir dali criamos uma relação de amizade muito forte porque seu Remédios também participava da Ala de Compositores da ARUC. Júnior do Cavaco foi o maior compositor de samba de Brasília e sempre me ligava para mostrar um samba novo e me pedir opinião sobre suas composições.

Duas delas “De mim para você” dele com Evandro Barcelos gravado pelo Negritude Júnior e “Indefinições” gravada pelo Grupo Coisa Nossa. Dificilmente alguém que ouve essas músicas e conheceu Júnior não se emociona com suas letras fortes.

Infelizmente Júnior faleceu no início dos anos 90 em um acidente de carro deixando um grande vazio no samba de Brasília e até mesmo do Brasil, pois já ocupava espaço com grandes grupos do pagode e cada vez mais melhorava não só as suas composições como também se aperfeiçoava tocando cavaco.

A homenagem a Júnior do Cavaco se estende a toda uma geração de pagodeiros de Brasília com a qual ele tinha afinidade.

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

Figurinos da ARUC para 2012 - (1)

A partir de hoje, iremos divulgar a cada semana, sempre às terças e sextas-feiras, os figurinos das 13 alas que a ARUC vai levar para a Avenida, no Carnaval 2012, com o enredo Portinari, as cores e as caras do Brasil, contando a vida e obra de um nossos maiores artistas plásticos, Cândido Portinari. Nosso enredo é uma homenagem aos 50 anos da morte de Portinari, ocorrida em fevereiro de 1962. Além dessas 13 alas, cujos figurinos começam a ser divulgados hoje, o desfile da ARUC terá 3 carros alegóricos e as alas de quesito - Comissão de Frente, Bateria, Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Baianas e Destaques, cujos figurinos não serão divulgados. Os figurinos da ARUC foram criados pelos carnavalescos John Michael e Levy Cintra, responsável, também, pelos desenhos. Os protótipos desses figurinos já estão em fase de confecção e serão apresentados numa grande festa, em outubro, em data a ser confirmada.

ALA 1 - Os imigrantes italianos


A primeira ala do nosso desfile representa os imigrantes italianos que se instalaram na cidade de Brodósqui, no interior de São Paulo, onde Portinari nasceu, e dos quais era descendente direto. Seus pais eram imigrantes italianos.

MEMORIA: ARUC CAMPEÃ BRASILEIRA DE FUTSAL FEMININO - MAIRINQUE - SP



domingo, 18 de setembro de 2011

Esclarecimento sobre show do Arlindo Cruz

A diretoria da ARUC esclarece que não tem nenhuma responsabilidade sobre os problemas ocorridos no show de Arlindo Cruz, realizado na noite de sexta-feira e madrugada de sábado, em nossa quadra. A ARUC apenas alugou o seu espaço para a Pérola Negra Produções e o senhor Carlos Belfort, responsáveis por toda a estrutura do evento - contratação e pagamento dos artistas, estrutura de bar e Praça de Alimentação, segurança, portaria, preço dos ingressos e horário das apresentações. Produtores que, infelizmente, se revelaram irresponsáveis e despreparados para organizar um evento desse porte. Esclarecemos, ainda, que pessoas ligadas à ARUC que trabalharam na produção do evento, o fizeram em caráter estritamente pessoal, não representando, de forma alguma, a participação da entidade. A ARUC, repito, apenas alugou o seu espaço para esses produtores, não tendo nenhuma responsabilidade na produção, organização e realização do evento. No entanto, diante dos problemas ocorridos, a diretoria da ARUC pede desculpas ao público presente no evento e comunica que já decidiu, para preservar o nome e a imagem da nossa entidade, construída com muito trabalho e sacrifício ao longo de 50 anos de vida, que não vai mais alugar os seus espaços para nenhum evento de grande porte sem que tenha participação direta e efetiva na sua organização e controle de todas as etapas da produção. Além disso, diante da repercussão negativa que o evento está tendo nas redes sociais, a diretoria da ARUC vai se reunir nesta segunda-feira para avaliar a possibilidade de acionar judicialmente os responsáveis pelo evento pelos danos causados à imagem de nossa entidade.
Moacyr de Oliveira Filho - Moa
Presidente

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Novo destaque feminino

Na foto: Íris e Jasmine no desfile 2011.
A partir de 2012 Íris Belchior deixa o posto de Madrinha da Bateria para assumir a posição de Principal Destaque Feminino da ARUC, vindo no carro abre-alas da escola em nosso próximo desfile. O tema enredo será: "Portinari, as cores e caras do Brasil".

ARUC abre inscrições para passistas

Estão abertas inscrições para o próximo desfile da ARUC. Serão selecionadas doze passistas. As interessadas devem enviar os seguintes dados para cadastro: Nome, idade, altura e uma foto de corpo inteiro com o assunto "Seleção de passistas" para o e-mail aruc.df@gmail.com.
As selecionadas serão convidadas a participar dos ensaios que começam dia 20 de novembro.

Dadá, Vando e Gilson – o trio que enlouquecia as defesas

Na foto, equipe de futebol amador de 2001.



Em 1992 a ARUC formou um grande time para disputar o Campeonato Interclubes de Brasília e fez uma campanha vitoriosa. O campeonato era muito disputado, com times fortes e uma estrutura em alguns casos profissional. A ARUC entrou na competição desacreditada, exatamente por ser uma equipe de uma escola de samba e que sobrevivia com muitas dificuldades. Era tudo feito por amor.
Acompanhei o campeonato do começo ao fim e na partida semi-final jogávamos contra um grande time do Lago Norte e o que fez a diferença foi a atuação de um negrinho baixinho e muito habilidoso chamado Vando. O adversário usava de todos os meios violentos para contê-lo, mas não adiantava. Em determinado momento um jogador do time adversário que atuava no meio-de-campo falou em alto e bom som: “Vamos meter o cacete nesses macacos fedorentos da ARUC. Só assim vamos conseguir ganhar.” Ato contínuo Vando avisou aos zagueiros: “Se bater, aí que vou colocar embaixo das suas pernas”
Foi o que aconteceu. Vando deu um show e quando não era ele, era o atacante Dadá ou o centroavante Gilson. Vencemos e fomos para a final conquistando um dos títulos mais importantes da história de nossa entidade, provando que preconceito e violência não ganham jogo.
Depois este mesmo grupo seria campeão amador de Brasília e conquistaria um título na cidade de Alumínio no interior de São Paulo.


Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

Vanderley - um guerreiro cruzeirense

Conheci o Vanderley ao chegar a Brasília em 1961, ano de fundação da ARUC. Apesar de não ter assinado a ata de fundação, Vanderley é considerado um fundador porque participou da escola como ritmista e em seguida diretor de bateria. Ele sempre foi um apaixonado por nossa entidade. Foi presidente entre 1966 a 1968, mas participou de todas as diretorias como colaborador. Nunca se afastou da nossa entidade.
A lembrança que tenho dele logo no início da ARUC era quando se aproximava o carnaval e ele procurava o compositor Cláudio Silva que trabalhava na construção das casas do Cruzeiro com uma página da revista “O Cruzeiro” com uma reportagem histórica de onde ele tirava a idéia para o samba-enredo, como por exemplo “Exaltação a Bahia” de 1964, “Impressão Régia” de 1965 e “Homenagem a Bernardo Sayão” de 1967, verdadeiras obras-primas dos sambas-enredos da ARUC.
Mas o fato mais marcante da minha convivência com Vanderley aconteceu em 1974. Eu e alguns amigos treinávamos basquete na quadra da ARUC e ao lado ele recuperava alguns instrumentos da nossa bateria. Eis que surge o presidente da escola que havia sido campeã naquele ano para trazer um convite para que a ARUC levasse um representante na festa da vitória deles. Só que este foi muito deselegante ao entregar o convite a Vanderley, dizendo que deveríamos “ir bem vestidos” porque eram convidadas autoridades e nós não poderíamos fazer feio. Vanderley recebeu o convite elegantemente e resmungou bem baixinho: “Nós vamos dar o troco. O título volta para o Cruzeiro ano que vem.”
Sua profecia se confirmou e no ano seguinte, sob a presidência de Sabino e colaboração de Vanderley, a ARUC conquistou o título e o troco foi dado.


Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ensaios da Bateria

A bateria retoma os ensaios para o carnaval a partir deste domingo. Os ensaios ocorrem sempre das 14h às 16h na Quadra da ARUC sempre aos domingos. Podem participar tanto iniciantes quanto ritmistas já experientes.

O enredo da ARUC para 2012 é "Portinari, as cores e as caras do Brasil"

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Futsal 81 – orgulho cruzeirense

Em 1976 a ARUC começou a participar do Campeonato Oficial de Futsal de Brasília, inicialmente com equipes de nível apenas regular, sem maiores pretensões. No ano de 1979 fui procurado por um grupo de jogadores de alto nível que atuavam pelo ASCADE que havia encerrado suas atividades no futsal. Era Fitinha, Zé Mauro, Zequinha, Redi, Marcão, Ricardo, Amauri e outros. Nesse ano a ARUC já fez uma boa campanha ficando entre os quatro primeiros e conquistando a Taça Tenente Valdemar que era realizada antes do campeonato oficial.

Em 1981 assume o comando da equipe o ex-atleta Paulo Roberto Amaral, o popular Paulinho, um dos maiores pivôs da história do futsal brasiliense que iniciava aí sua carreira de treinador. Convidamos então alguns outros atletas para compor o grupo, tais como Hugo, Lourinho, Massaroto, Pantera e Maurição. Era realmente um grande time.

Fizemos uma campanha memorável e fomos para a final com o Economiários, hoje APCEF. O jogo foi realizado no ginásio do Minas completamente lotado, sendo transmitido pelas TVs Capital e Nacional, narrado pelo memorável Nilson Nelson. A ARUC fez 1x0 e o Economiários empatou. Antes do jogo o pivô Hugo veio falar comigo, meio triste porque ia ficar no banco, porém, foi taxativo: “Vou entrar no segundo tempo e fazer o gol da vitória!”

A partida corria com lances emocionantes em um jogo muito equilibrado pelo nível técnico das duas equipes. Hugo entra no decorrer do segundo tempo e recebe uma bola, domina no peito e gira, fazendo o gol da vitória da ARUC. Eu estava atrás do banco de reservas e Hugo se dirigiu até mim e me deu um forte abraço e repetiu suas palavras: “Não falei que faria o gol?”

Começava então uma forte amizade que dura até hoje. Nos finais de semana sempre encontro Hugo praticando futvolei no Parque da Cidade e faço questão de contar esta história para todos do meio esportivo. Esse mesmo time foi quarto lugar no campeonato brasileiro em Fortaleza/CE, sendo uma das melhores colocações de Brasília nesta competição.

Antes de viajar para Fortaleza a ARUC foi procurada por dirigentes de outros clubes que queriam a nossa vaga por achar que não teríamos condições financeiras para viajar. Realmente foi muito difícil, devido à nossa falta de condições, porém, encontramos um apoio muito grande dos desportistas Marco Aurélio Guedes e Amauri Roboredo que trabalhavam no SEED/MEC e conseguiram grande parte das passagens aéreas. Para mim seria uma questão de honra participar da competição porque era a forma de recompensar o grande esforço dos atletas na conquista do título de campeão brasiliense.

Nossa homenagem a este grupo vencedor formado por Miltão (massagista), Fitinha, Maurição, Massaroto, Toinha, Pantera, Roberto, Vareta (auxiliar), Zequinha, Redi, Hugo, Marcão, Lourinho e Ricardo. O grupo contava ainda com Zé Mauro, Augusto Climaco, Luís Pinóquio, Bira Santos, Francisco Paulo Esquerdinha, Paulo Amaral e Heitor, este, o maior o treinador da história do futsal de Brasília e que deu grande contribuição a nossa ARUC.

Fitinha

Do grupo campeão de 1981, há uma passagem sobre um atleta que julgo muito interessante, é o goleiro Roberto Goulart Barbosa, o popular Fitinha. Goleiro da nossa ARUC e presença constante em todas as seleções que foram formadas em nossa cidade. No início dos anos 70 fui convidado pelo dirigente da ASCADE Camerino Raul Conforte para assistir um jogo no Ginásio de Esportes do Gama e quando o time entrou em quadra vi um garoto franzino e de baixa estatura entrando como goleiro do ASCADE. Em tom de brincadeira falei com Seu Camerino: “O senhor vai colocar um garoto em um jogo de adultos. Isso não vai dar certo. Ele vai levar uma bolada e sair machucado” Seu Camerino respondeu: “Meu filho, você vai ver o futuro melhor goleiro de Brasília” E foi o que aconteceu.

Fitinha fechou o gol e garantiu a vitória do ASCADE. Começava ali uma carreira vitoriosa de um atleta com quem tenho orgulho de ter convivido e o considero dentro daqueles que incorporam o espírito cruzeirense de garra e dedicação. Apesar de não ter mais contato com Fitinha, por questões alheias à minha vontade, continuo sendo seu fã e só tenho a agradecer-lhe pela confiança que depositou em mim e na nossa ARUC.

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes

Minhas histórias na ARUC

Roberto de Lima Machado – exemplo de superação

Conheci Roberto nos anos 60 logo que cheguei a Brasília. A exemplo dos meus pais, os pais de Roberto foram transferidos do Rio de Janeiro para Brasília e na época o Cruzeiro era uma cidade pequena e onde todos se conheciam. Ele dava aula de reforço escolar e em curso Madureza (atual EJA) onde era procurado por todos para tirar dúvidas, recuperação e para ajudar nas atividades escolares. Uma figura muito simpática e com facilidade muito grande para fazer amigos.

Em 1965 eu começaria a estudar no Ginásio e tinha uma preocupação muito grande com as atividades físicas porque os amigos elogiavam muito o professor João de Oliveira e quem se destacava conseguia prestígio no colégio. Então eu ia para a quadra da ARUC treinar basquete, uma modalidade que eu tinha pouco conhecimento. Certa ocasião, passando pela quadra, o Roberto me viu treinando sozinho e parou para me ensinar os fundamentos do basquete. Quando começaram as aulas, diante de mais de duzentos alunos, o professor João me selecionou para fazer parte da equipe, uma vez que eu havia tido um bom desempenho na parte de iniciação. A partir dali passei a ser um grande admirador do Roberto e criamos um laço de amizade até o seu falecimento.

Em 1979 apresentei ao Roberto uma sugestão de enredo contando a história de Iemanjá. Levei um material que eu tinha e o Roberto gostou muito e ficou de estudar. Dias depois me chamou na sua casa e comunicou que tinha gostado do tema e então demos o nome do enredo: “Iemanjá, um poema de amor”. Foi a minha primeira e única participação na montagem de um enredo na ARUC.

Mal sabia eu o que viria pela frente. À medida que o enredo foi se desenvolvendo, éramos procurados por pessoas pedindo para colocar no histórico e até no desenvolvimento do enredo, o seu segmento, o que levou a mim e ao Roberto quase à loucura, porque o enredo nunca fechava. Enfim, acabei inocentemente envolvendo o Roberto em uma grande furada. O pior ainda estava por vir.

Apesar dos problemas, apresentamos um carnaval muito bonito. Só que uma história, que até hoje, ninguém sabe explicar, surgiu no meio disso tudo. Esqueceram de levar a bandeira para o desfile. Em um quesito onde a menor nota era um, o jurado resolveu dar zero, pois se tivéssemos tirado a nota mínima, no desempate com a bateria, teríamos ganhado o carnaval.

Com o Roberto aprendi muita coisa e a principal delas é fazer o carnaval com planejamento e jamais gastar mais do que se recebe. Isso se estendeu até em minha vida pessoal. Nos anos em que fui presidente, o Roberto entregava a prestação de contas antes do desfile, sempre restando um saldo e ele avisava que o melhor que podia ser feito ele fez e que caberia aos jurados o julgamento final. E sempre dava ARUC na cabeça, provando que para um carnaval vitorioso não se precisa acumular dívidas.

Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes

Minhas histórias na ARUC

Feijoda e Inauguração do espaço Carlos Elias.

12 de setembro de 2011


Fotos de Mário Agra, cedidas pela Rainha da ARUC Marcia Fernanda.

domingo, 11 de setembro de 2011

Deu na coluna da Jane Godoy

A Aruc e a pátria
O presidente da Aruc, Moacir de Oliveira Filho, o Moa, está exultante com tudo o que tem ocorrido tanto nas comemorações dos 50 anos da escola quanto na apresentação do samba-enredo e dos figurinos para o carnaval de 2012. A feijoada e a inauguração do Espaço Carlos Elias contou com presenças ilustres, como as do senador Rodrigo Rolemberg; dos deputados distritais Agaciel Maia e Raad Mansur; do secretário adjunto de Cultura, Miguel Ribeiro; do diretor do Museu Nacional, Wagner Barja; do diretor-geral de harmonia da Escola de Samba Portela, Marcelo Jacob, entre tantos outros convidados. Homem das artes, Wagner Barja ficou entusiasmado com o samba-enredo da Aruc, que homenageará o grande artista Portinari. O tema é “Portinari, as cores e as caras do Brasil”. Diante disso, ele se dispôs a mobilizar os artistas plásticos da cidade para participar da montagem do carnaval e do desfile. Durante as comemorações dos 50 anos da escola, ela foi convidada para participar da parada do 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios (foto). Foi a primeira vez que uma escola de samba participou de um desfile do Dia da Pátria.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Desfile da ARUC no 7 de Setembro

Veja a transmissão do desfile da ARUC no 7 de Setembro pela NBR ao vivo para todo Brasil.



http://www.tubechop.com/watch/203427

Alex Ribeiro, filho de Roberto Ribeiro, agita Karrapixo, na ARUC


Para fechar um dia histórico, a ARUC recebeu, na noite de ontem (7/9), Alex Ribeiro, filho do grande sambista de Madureira, Roberto Ribeiro, que se apresentou no Espaço Carlos Elias, em mais um Samba do Karrapixo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Desfile de 7 de setembro

Veja mais algumas fotos da participação da ARUC no Desfile Cívico do Dia da Pátria.
Clique na foto abaixo para abrir o álbum.

Desfile 7 de setembro
Fotos de Rafael Fernandes

ARUC entra para a história do samba






Hoje, 7 de setembro de 2011, a ARUC entrou para a história do samba, como a primeira escola de samba a participar de um desfile oficial do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios. É mais uma vitória de nossa entidade e mais um reconhecimento aos nossos 50 anos de vida, dedicados à defesa do samba, do esporte e da cultura em nossa cidade. E, mais uma vez, a ARUC segue os passos de sua madrinha Portela que, em 1959, entrou para a história como a primeira escola de samba a se apresentar no Palácio do Itamaraty para a duquesa de Kent, da família real britânica e, em 2004, foi a primeira escola de samba a receber em sua quadra a visita de um Presidente da República, no exercício do mandato.
Nas fotos, Andreoni, o primeiro destaque da ARUC, a Bateria Nota 10 do Mestre Brannca, o início do nosso desfile na Esplanada e o momento em que o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Antonio Carlos e Christianne, apresentavam o nosso pavilhão para a presidenta Dilma Roussef e o governador Agnelo Queiroz, em frente ao palanque oficial.
A ARUC foi muito aplaudida durante seu desfile na Esplanada, numa demonstração do reconhecimento do povo de Brasília à nossa entidade, à nossa história e ao nosso trabalho.
Obrigado Brasília! Obrigado cruzeirenses!