sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Figurino da ARUC para 2012 (4)
1996 – a página negra no futsal de Brasília
Em 1996 fomos procurados por um grupo de atletas, em sua maioria de Taguatinga, para montar uma equipe de futsal para disputar o campeonato de Brasília. Em princípio achávamos que era apenas para participar, sem grandes pretensões. Só que o time foi ganhando e assumindo a liderança do campeonato da cidade, competindo com equipes tradicionais da época.
Ganhamos o primeiro turno e se ganhássemos o segundo turno seríamos campeões. No segundo turno, na última partida jogávamos pelo empate para ganhar também o segundo turno e foi o que aconteceu. Foi uma festa após o jogo, recebemos os cumprimentos de todos os dirigentes que estavam no local e fizemos uma grande comemoração na ARUC. Para nossa surpresa a Federação marcou uma reunião para tratar do calendário do ano seguinte e nessa reunião ficamos esperando por muito tempo, até que surgiu um diretor desconhecido com um boletim marcando a partida final contra o Candangos no final de semana.
Eu, que era vice-presidente da Federação, fiquei sem entender, mesmo porque a conquista do título pela ARUC já havia sido homologada. Vale ressaltar que antes do último jogo procurei o senhor Cláudio da Luz, secretário da Federação e Romualdo, presidente que me confirmaram que a ARUC jogaria a última partida pelo empate.
Os jogadores da ARUC não concordaram com a mudança do regulamento aleatoriamente, eu pedi demissão da vice-presidência da federação, assim como o senhor Cláudio da Luz e o diretor de árbitros Cláudio Félix. Foi a página triste da história do esporte mais popular em todos os tempos em Brasília. Uma vergonha inexplicável que só foi possível graças ao mau-caráter de algumas pessoas que se julgavam dirigentes acima de qualquer suspeita. Depois daquilo o time acabou e ficou uma grande frustração para os atletas após vencer na quadra e perder na podridão dos bastidores.
O Sr. Adão, dirigente do Candangos, não consegue convencer ninguém dessa armação sórdida. Será que a sua consciência não pesa até hoje por ter um título que não é seu?
Minhas histórias na ARUC
Seu Valdir e dona Ruth – o casal 20 da ARUC
A maior lembrança que tenho do casal é do carnaval de 1982 quando o desfile foi realizado em Taguatinga e os componentes da ARUC não gostaram da transferência da W3 e não quiseram desfilar. Era meu primeiro carnaval como presidente e no momento em que estávamos armando a escola, fomos pegos de surpresa porque uma parte dos nossos componentes passaram com a fantasia da Academia da Asa Sul, uma escola nova que desfilava pela primeira vez. Trouxeram fantasias da Beija-Flor do Rio e isso fez com que o nervosismo tomasse conta da ARUC.
Dona Ruth chorava, já achando que iríamos perder o carnaval e Seu Valdir, também aos prantos, tentava acalmá-la. Eu, o carnavalesco Roberto e o diretor Heraldo Soares entramos em ação para acalmar os nossos componentes mostrando que o carnaval se ganhava na avenida. Pois bem. A escola concorrente fez um desfile confuso em menos de vinte minutos, o seu diretor de Harmonia empurrava a imprensa que cobria o carnaval e a maioria das fantasias que foram distribuídas por eles na avenida foram usadas pelo pessoal para brincar no Clube Primavera, que tinha o maior carnaval de Brasília e ficava próximo ao local do desfile.
Sabendo disso, o casal ficou mais calmo e fizemos um grande desfile, vencendo com uma diferença de 17 pontos para o segundo lugar, que foi a Asa Norte. Seu Valdir e dona Ruth integravam a equipe de carnaval do Roberto e ajudavam na confecção de fantasias, além da montagem de carros alegóricos e eram, juntos com Thió, responsáveis pelo bar; sem nunca ter recebido nenhum centavo pelos serviços prestados. Hoje o casal mora no Espírito Santo, mas deixou a sua neta Greice, esposa do vice-presidente de carnaval Abelardo, para sucedê-los.
Minhas histórias na ARUC
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Cosme e Damião na ARUC foi um sucesso.
Cosme e Damião |
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Carlos Elias e Manoel Brigadeiro – samba de raiz
Certa ocasião eu e um grupo de colegas que organizavam o Baile Soul aos domingos na ARUC, fomos ao restaurante Roma na W3 comer uma pizza e para nossa felicidade encontramos Carlos Elias com nada mais nada menos com um dos maiores compositores da música brasileira, Nelson Cavaquinho. Foi uma festa! Quando o sambista carioca soube que nós éramos de uma escola de samba, aí que a coisa esquentou. Ele acabou cantando várias músicas de seu repertório e não queria mais ir embora. Enfim, foi uma noite de gala.
Carlos Elias morou durante muito tempo em Paris, trabalhando no consulado brasileiro e sempre mandava cartões perguntando como estava a nossa ARUC.
Já Manoel Brigadeiro, autor do famoso samba “Tem bobo para tudo” era figura freqüente na ARUC e querido por todos. Ele sempre morou na Asa Norte, exatamente na quadra onde se concentrava a maior parte dos componentes da Acadêmicos da Asa Norte, nossa maior concorrente durante muitos anos. Sempre usando a camisa da ARUC, às vezes provocava a insatisfação dos adversários, mas ele não tinha medo e não negava a sua paixão pela nossa escola. Em um bar na Asa Norte tinha o “cantinho do Brigadeiro”: uma mesa onde diariamente ele ia tomar a sua gelada.
Hoje com problemas de saúde já não mais participa das nossas atividades. Brigadeiro foi presidente da Liga das Escolas de Samba de Brasília, é sócio benemérito e Presidente de Honra da ARUC.
Minhas histórias na ARUC
Mauro – voz e ritmo de um guerreiro
No final de uma tarde de sábado do mês de agosto, após a realização dos primeiros jogos recebi um telefonema do Vareta e que as primeiras informações indicavam o falecimento de Mauro e Silvinha no trajeto de volta de Planaltina. Fomos eu, Vareta e Zuca ao hospital de Sobradinho e infelizmente a notícia se confirmou.
Em um carro com cinco pessoas, quatro adultos e uma criança, faleceram os dois cruzeirenses. Para mim foi uma das piores notícias desde que estou na ARUC. Posso dizer que Mauro era um dos meus braços direitos. Era um grande ritmista, compositor e cantava os grandes sambas-enredos da época com grande sucesso. Quando o ensaio estava fraco eu corria até o Mauro e passava o microfone para ele. Em um instante os ensaios cresciam em animação e empolgação.
Ele freqüentava minha casa e era querido por todos no Cruzeiro e em Brasília, tendo feito parte do grupo Coisa Nossa e fez o samba mais famoso do Cacique do Cruzeiro. Quem não se lembra do refrão “Cantei, cantei e fiz a galera delirar...”
Infelizmente o destino levou uma das maiores revelações da nossa ARUC. Dos mais antigos da ARUC ninguém esquece o Mauro.
Minhas histórias na ARUC
Figurinos da ARUC para 2012 - (3)
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
ARUC abre inscrições para passistas
As selecionadas serão convidadas a participar dos ensaios que começam dia 20 de novembro.
Samba do Karrapixo.
Nesta semana, o Samba do Karrapixo com Makley Matos, direção musical de Evandro Barcellos, convida o cantor e compositor Marquinhos Sathan, pelo Projeto de Revitalização Cultural da ARUC.
Data: 29/10
Hora: 20h
Local: ARUC - Cruzeiro velho, próximo à administração
Entrada Franca
Não recomendado para menores de 16 anos.
Participação especial, Bateria nota 10 da ARUC.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Figurinos da ARUC para 2012 - (2)
Uma geração de atletas e cidadãos.
No início da década de 80 a ARUC criou uma escolinha de futsal com mais de 150 meninos acima de 8 anos gratuitamente e a idéia era selecionar jogadores para disputar os campeonatos da cidade nas categorias menores. Além de participar dos campeonatos, a ARUC pretendia oferecer atividades sadias e formar cidadãos sem desvios de conduta.
Uma das equipes formadas nessa escolinha foi a equipe juvenil que disputou o campeonato de Brasília fazendo uma campanha brilhante e chegando a semi-final. Nessa partida a ARUC ficou sempre a frente do placar e já no final do jogo o nosso pivô Lucílio ficou cara a cara com o gol e levou um pontapé por trás, criando um tumulto generalizado com a invasão da quadra por torcedores e em especial o pai do atleta que havia iniciado a confusão. Na seqüência fui em defesa dos nossos atletas e acabei trocando “gentilezas” com o Pit-boy. Como este saiu em desvantagem avisou que ia tomar providências e foi em direção à academia de musculação do Minas para convocar a sua turma para dar o troco. Fui salvo pelos dirigentes do Minas, Joanilson Ventura e Valcir que me esconderam na sauna até que a polícia chegasse.
Voltamos escoltados até a entrada do Cruzeiro e disso tudo ficou uma revolta muito grande entre todos, porque estávamos com a classificação praticamente garantida e acabamos ficando de fora. A maioria dos atletas dessa época formariam o grupo dos Chegados. A orientação que passávamos aos atletas era para manter a disciplina e a postura de atleta, bem uniformizados e que se evitasse ao máximo qualquer tipo de confusão com adversário, arbitragem e torcedores, porém, caso fossemos ofendidos ou agredidos, todos tínhamos que ajudar na defesa. Havia um preconceito muito grande dos clubes sociais com a ARUC, por ser de uma escola-de-samba e de um bairro esquecido e abandonado como era o Cruzeiro, mas o nosso trabalho nas categorias de base superava todas essas adversidades.
Helio do Santos e colaboração do professor Rafael.Minhas histórias na ARUC.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
PROJETO ARUC REVITALIZAÇÃO DO SAMBA TRAZ DIRETO DO RIO DE JANEIRO CHARLES ANDRÉ CANTANDO GRANDES SUCESSOS DO SAMBA! HOJE DIA 22/09 A PARTIR DAS 20H
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Thió – a trajetória do velho guerreiro
Saímos então à procura nos quartéis, delegacias e Polícia Federal. Demorou a descobrirmos o que tinha acontecido. Thió fora seqüestrado covardemente por agentes da repressão e além de ser agredido, simplesmente por que foi simpatizante de um partido de esquerda, ficou nos porões da ditadura no Rio e em Brasília durante muito tempo, sendo torturado pelos monstros do regime. Perdeu o emprego e nada ficou provado contra ele. Conseguiu voltar depois de muitos anos ao nosso convívio e foi reintegrado à gráfica do Senado. Atuou por mais algum tempo na ARUC e retornou ao Rio de Janeiro onde reside até hoje.
Mesmo depois de muito sofrimento, Thió conseguia manter a calma e era sempre consultado por todos os presidentes que passaram pela ARUC. Era meu amigo pessoal, além de ser um confidente, sabia ouvir e sempre tinha um encaminhamento para solucionar os problemas que a vida nos apresenta. Foi uma lição para todos nós que convivemos com ele. Deixou um grande legado para nossa entidade que foi a correção com que tratou as questões administrativas e financeiras, sendo um exemplo de humildade.
Minhas histórias na ARUC
Júnior do Cavaco – o poeta do samba
Duas delas “De mim para você” dele com Evandro Barcelos gravado pelo Negritude Júnior e “Indefinições” gravada pelo Grupo Coisa Nossa. Dificilmente alguém que ouve essas músicas e conheceu Júnior não se emociona com suas letras fortes.
Infelizmente Júnior faleceu no início dos anos 90 em um acidente de carro deixando um grande vazio no samba de Brasília e até mesmo do Brasil, pois já ocupava espaço com grandes grupos do pagode e cada vez mais melhorava não só as suas composições como também se aperfeiçoava tocando cavaco.
A homenagem a Júnior do Cavaco se estende a toda uma geração de pagodeiros de Brasília com a qual ele tinha afinidade.
Minhas histórias na ARUC
Figurinos da ARUC para 2012 - (1)
ALA 1 - Os imigrantes italianos
domingo, 18 de setembro de 2011
Esclarecimento sobre show do Arlindo Cruz
Moacyr de Oliveira Filho - Moa
Presidente
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
ARUC abre inscrições para passistas
Dadá, Vando e Gilson – o trio que enlouquecia as defesas
Acompanhei o campeonato do começo ao fim e na partida semi-final jogávamos contra um grande time do Lago Norte e o que fez a diferença foi a atuação de um negrinho baixinho e muito habilidoso chamado Vando. O adversário usava de todos os meios violentos para contê-lo, mas não adiantava. Em determinado momento um jogador do time adversário que atuava no meio-de-campo falou em alto e bom som: “Vamos meter o cacete nesses macacos fedorentos da ARUC. Só assim vamos conseguir ganhar.” Ato contínuo Vando avisou aos zagueiros: “Se bater, aí que vou colocar embaixo das suas pernas”
Foi o que aconteceu. Vando deu um show e quando não era ele, era o atacante Dadá ou o centroavante Gilson. Vencemos e fomos para a final conquistando um dos títulos mais importantes da história de nossa entidade, provando que preconceito e violência não ganham jogo.
Depois este mesmo grupo seria campeão amador de Brasília e conquistaria um título na cidade de Alumínio no interior de São Paulo.
Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC
Vanderley - um guerreiro cruzeirense
A lembrança que tenho dele logo no início da ARUC era quando se aproximava o carnaval e ele procurava o compositor Cláudio Silva que trabalhava na construção das casas do Cruzeiro com uma página da revista “O Cruzeiro” com uma reportagem histórica de onde ele tirava a idéia para o samba-enredo, como por exemplo “Exaltação a Bahia” de 1964, “Impressão Régia” de 1965 e “Homenagem a Bernardo Sayão” de 1967, verdadeiras obras-primas dos sambas-enredos da ARUC.
Mas o fato mais marcante da minha convivência com Vanderley aconteceu em 1974. Eu e alguns amigos treinávamos basquete na quadra da ARUC e ao lado ele recuperava alguns instrumentos da nossa bateria. Eis que surge o presidente da escola que havia sido campeã naquele ano para trazer um convite para que a ARUC levasse um representante na festa da vitória deles. Só que este foi muito deselegante ao entregar o convite a Vanderley, dizendo que deveríamos “ir bem vestidos” porque eram convidadas autoridades e nós não poderíamos fazer feio. Vanderley recebeu o convite elegantemente e resmungou bem baixinho: “Nós vamos dar o troco. O título volta para o Cruzeiro ano que vem.”
Sua profecia se confirmou e no ano seguinte, sob a presidência de Sabino e colaboração de Vanderley, a ARUC conquistou o título e o troco foi dado.
Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC
terça-feira, 13 de setembro de 2011
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Futsal 81 – orgulho cruzeirense
Em 1976 a ARUC começou a participar do Campeonato Oficial de Futsal de Brasília, inicialmente com equipes de nível apenas regular, sem maiores pretensões. No ano de 1979 fui procurado por um grupo de jogadores de alto nível que atuavam pelo ASCADE que havia encerrado suas atividades no futsal. Era Fitinha, Zé Mauro, Zequinha, Redi, Marcão, Ricardo, Amauri e outros. Nesse ano a ARUC já fez uma boa campanha ficando entre os quatro primeiros e conquistando a Taça Tenente Valdemar que era realizada antes do campeonato oficial.
Em 1981 assume o comando da equipe o ex-atleta Paulo Roberto Amaral, o popular Paulinho, um dos maiores pivôs da história do futsal brasiliense que iniciava aí sua carreira de treinador. Convidamos então alguns outros atletas para compor o grupo, tais como Hugo, Lourinho, Massaroto, Pantera e Maurição. Era realmente um grande time.
Fizemos uma campanha memorável e fomos para a final com o Economiários, hoje APCEF. O jogo foi realizado no ginásio do Minas completamente lotado, sendo transmitido pelas TVs Capital e Nacional, narrado pelo memorável Nilson Nelson. A ARUC fez 1x0 e o Economiários empatou. Antes do jogo o pivô Hugo veio falar comigo, meio triste porque ia ficar no banco, porém, foi taxativo: “Vou entrar no segundo tempo e fazer o gol da vitória!”
A partida corria com lances emocionantes em um jogo muito equilibrado pelo nível técnico das duas equipes. Hugo entra no decorrer do segundo tempo e recebe uma bola, domina no peito e gira, fazendo o gol da vitória da ARUC. Eu estava atrás do banco de reservas e Hugo se dirigiu até mim e me deu um forte abraço e repetiu suas palavras: “Não falei que faria o gol?”
Começava então uma forte amizade que dura até hoje. Nos finais de semana sempre encontro Hugo praticando futvolei no Parque da Cidade e faço questão de contar esta história para todos do meio esportivo. Esse mesmo time foi quarto lugar no campeonato brasileiro em Fortaleza/CE, sendo uma das melhores colocações de Brasília nesta competição.
Antes de viajar para Fortaleza a ARUC foi procurada por dirigentes de outros clubes que queriam a nossa vaga por achar que não teríamos condições financeiras para viajar. Realmente foi muito difícil, devido à nossa falta de condições, porém, encontramos um apoio muito grande dos desportistas Marco Aurélio Guedes e Amauri Roboredo que trabalhavam no SEED/MEC e conseguiram grande parte das passagens aéreas. Para mim seria uma questão de honra participar da competição porque era a forma de recompensar o grande esforço dos atletas na conquista do título de campeão brasiliense.
Nossa homenagem a este grupo vencedor formado por Miltão (massagista), Fitinha, Maurição, Massaroto, Toinha, Pantera, Roberto, Vareta (auxiliar), Zequinha, Redi, Hugo, Marcão, Lourinho e Ricardo. O grupo contava ainda com Zé Mauro, Augusto Climaco, Luís Pinóquio, Bira Santos, Francisco Paulo Esquerdinha, Paulo Amaral e Heitor, este, o maior o treinador da história do futsal de Brasília e que deu grande contribuição a nossa ARUC.
Fitinha
Do grupo campeão de 1981, há uma passagem sobre um atleta que julgo muito interessante, é o goleiro Roberto Goulart Barbosa, o popular Fitinha. Goleiro da nossa ARUC e presença constante em todas as seleções que foram formadas em nossa cidade. No início dos anos 70 fui convidado pelo dirigente da ASCADE Camerino Raul Conforte para assistir um jogo no Ginásio de Esportes do Gama e quando o time entrou em quadra vi um garoto franzino e de baixa estatura entrando como goleiro do ASCADE. Em tom de brincadeira falei com Seu Camerino: “O senhor vai colocar um garoto em um jogo de adultos. Isso não vai dar certo. Ele vai levar uma bolada e sair machucado” Seu Camerino respondeu: “Meu filho, você vai ver o futuro melhor goleiro de Brasília” E foi o que aconteceu.
Fitinha fechou o gol e garantiu a vitória do ASCADE. Começava ali uma carreira vitoriosa de um atleta com quem tenho orgulho de ter convivido e o considero dentro daqueles que incorporam o espírito cruzeirense de garra e dedicação. Apesar de não ter mais contato com Fitinha, por questões alheias à minha vontade, continuo sendo seu fã e só tenho a agradecer-lhe pela confiança que depositou em mim e na nossa ARUC.
Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC
Roberto de Lima Machado – exemplo de superação
Conheci Roberto nos anos 60 logo que cheguei a Brasília. A exemplo dos meus pais, os pais de Roberto foram transferidos do Rio de Janeiro para Brasília e na época o Cruzeiro era uma cidade pequena e onde todos se conheciam. Ele dava aula de reforço escolar e em curso Madureza (atual EJA) onde era procurado por todos para tirar dúvidas, recuperação e para ajudar nas atividades escolares. Uma figura muito simpática e com facilidade muito grande para fazer amigos.
Em 1965 eu começaria a estudar no Ginásio e tinha uma preocupação muito grande com as atividades físicas porque os amigos elogiavam muito o professor João de Oliveira e quem se destacava conseguia prestígio no colégio. Então eu ia para a quadra da ARUC treinar basquete, uma modalidade que eu tinha pouco conhecimento. Certa ocasião, passando pela quadra, o Roberto me viu treinando sozinho e parou para me ensinar os fundamentos do basquete. Quando começaram as aulas, diante de mais de duzentos alunos, o professor João me selecionou para fazer parte da equipe, uma vez que eu havia tido um bom desempenho na parte de iniciação. A partir dali passei a ser um grande admirador do Roberto e criamos um laço de amizade até o seu falecimento.
Em 1979 apresentei ao Roberto uma sugestão de enredo contando a história de Iemanjá. Levei um material que eu tinha e o Roberto gostou muito e ficou de estudar. Dias depois me chamou na sua casa e comunicou que tinha gostado do tema e então demos o nome do enredo: “Iemanjá, um poema de amor”. Foi a minha primeira e única participação na montagem de um enredo na ARUC.
Mal sabia eu o que viria pela frente. À medida que o enredo foi se desenvolvendo, éramos procurados por pessoas pedindo para colocar no histórico e até no desenvolvimento do enredo, o seu segmento, o que levou a mim e ao Roberto quase à loucura, porque o enredo nunca fechava. Enfim, acabei inocentemente envolvendo o Roberto em uma grande furada. O pior ainda estava por vir.
Apesar dos problemas, apresentamos um carnaval muito bonito. Só que uma história, que até hoje, ninguém sabe explicar, surgiu no meio disso tudo. Esqueceram de levar a bandeira para o desfile. Em um quesito onde a menor nota era um, o jurado resolveu dar zero, pois se tivéssemos tirado a nota mínima, no desempate com a bateria, teríamos ganhado o carnaval.
Com o Roberto aprendi muita coisa e a principal delas é fazer o carnaval com planejamento e jamais gastar mais do que se recebe. Isso se estendeu até em minha vida pessoal. Nos anos em que fui presidente, o Roberto entregava a prestação de contas antes do desfile, sempre restando um saldo e ele avisava que o melhor que podia ser feito ele fez e que caberia aos jurados o julgamento final. E sempre dava ARUC na cabeça, provando que para um carnaval vitorioso não se precisa acumular dívidas.
Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC
domingo, 11 de setembro de 2011
Deu na coluna da Jane Godoy
sábado, 10 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Desfile da ARUC no 7 de Setembro
http://www.tubechop.com/watch/203427
Alex Ribeiro, filho de Roberto Ribeiro, agita Karrapixo, na ARUC
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Desfile de 7 de setembro
Desfile 7 de setembro |
ARUC entra para a história do samba
Nas fotos, Andreoni, o primeiro destaque da ARUC, a Bateria Nota 10 do Mestre Brannca, o início do nosso desfile na Esplanada e o momento em que o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Antonio Carlos e Christianne, apresentavam o nosso pavilhão para a presidenta Dilma Roussef e o governador Agnelo Queiroz, em frente ao palanque oficial.
A ARUC foi muito aplaudida durante seu desfile na Esplanada, numa demonstração do reconhecimento do povo de Brasília à nossa entidade, à nossa história e ao nosso trabalho.
Obrigado Brasília! Obrigado cruzeirenses!