sábado, 3 de setembro de 2011

Regina Célia, um símbolo da garra do esporte cruzeirense

Na foto, equipe campeã brasileira de futsal feminino 1990. Em pé: Romualdo (dirigente), Mônica (dirigente), Cristina Veloso, Irene, Lilian, Regina e Jorge(treinador). Agachadas: Ana Lúcia, Iara, Ray, Vânia Jane e Erivanda. Fazia parte do plantel Kity que não pode viajar na época. A homenagem a Regina se estende a todas as demais atletas que jogaram em Mairinque e no período em que foi mantido o time de futsal feminino da ARUC.

Poucas pessoas incorporaram o espírito cruzeirense como a goleira de futsal feminino Regina Célia. Atuou pela ARUC por quase vinte anos e aliou dedicação, espírito esportivo e liderança num grupo de meninas que foram campeãs brasileiras, na cidade de Mairinque, interior de São Paulo, no ano de 1990.

Quando a ARUC completa 50 anos, nada mais justo do que tê-la como um símbolo do esporte de nossa entidade. Regina nunca atuou por outra equipe, enquanto o futsal da ARUC esteve em atividade. Em Brasília, conquistou todos os títulos oficiais que disputou por nossa entidade, além de outros torneios interestaduais e locais. Sabia transmitir simpatia e tinha um carisma muito grande com crianças, adolescentes e adultos, que sempre a abordavam para conversar e até mesmo pedir um autógrafo. Ela nunca se negou a atender quem quer fosse, passando uma imagem positiva de nossa entidade.

Na conquista do título de 1990, a final foi ARUC e SAAD de São Paulo, a mais forte equipe do futsal feminino na época. O jogo terminou 4x4 no tempo normal e na disputa de penaltis Regina se superou e defendeu duas cobranças. Antes da disputa, eu e o treinador Jorge Wanderley estávamos preocupados porque achávamos que ela iria tentar garantir de qualquer maneira o título, sem poupar esforços.

Combinamos então de ficarmos ao lado da trave, um de cada lado, e pedimos ajuda dos paramédicos para que ficassem atentos, pois tínhamos a certeza de que ela iria na bola. E foi o que aconteceu. No primeiro penalti ela fez a defesa, em um chute fortíssimo, e no segundo, uma atleta de quase dois metros e porte físico privilegiado deixou a mim e Jorge mais preocupados e o que prevíamos aconteceu.

A atleta bateu o penalti e ela defendeu, com a bola batendo em seu estômago. Os paramédicos, conforme combinado, entraram em quadra imediatamente e com isso a ARUC foi campeã brasileira, levando um público de mais de cinco mil pessoas ao delírio. Não sabíamos se comemorávamos ou se dávamos assistência à nossa goleira que desmaiara com o forte impacto da bola.

A eficiência do atendimento médico fez com que ela se recuperasse a tempo de receber o troféu de campeão como capitã e todas as honras de melhor atleta do campeonato.

É pelo conjunto de dedicação à ARUC que prestamos esta merecida homenagem a um dos símbolos da garra do nosso esporte.

Helio Dos Santos com a colaboração do Moa e Rafael.
Minhas histórias na ARUC

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