sábado, 31 de dezembro de 2011
A história de amor em azul e branco continua em 2012
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Pré-Reveillon na ARUC
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Reinado de Momo 2012
Reinado de Momo 2012 |
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Eu e Jerusa
Equipe juvenil do Cruzeiro do Sul. Jerusa é o último agachado, da esquerda para a direita. |
Entrega de Alimentos
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Nota de falecimento: Jerusa
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Shows populares na ARUC
ARUC recebe grande público no domingo. |
Jorge Aragão e banda |
MV Bill e fãs |
Jorge Aragão, Helio e a ARUC do futuro. |
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Candidato ao título no Japão, o Santos tem seis jogadores nascidos no DF
O quadradão da Quadra 8 do Cruzeiro Velho era o “estádio predileto” para a relação de amor com a sua melhor amiga: a bola. No entanto, o sonho profissional era outro. Quando ouvia a velha pergunta “o que você quer ser quando crescer”, o brasiliense Douglas Abner Almeida dos Santos não pensava duas vezes. “Perito criminal”, riu. Viciado na minissérie norte-americana CSI, Douglas Abner poderia ter feito concurso público, mas o seu destino estava escrito no último sobrenome impresso na certidão de nascimento do garoto nascido em 30 de janeiro de 1996: Santos. Só faltou o Futebol Clube…
Aos 15 anos, Douglas Abner — como estava escrito na camisa oficial usada para as fotos — é uma das seis promessas brasilienses das categorias de base do Santos. Celeiro de príncipes como Robinho e Neymar, e de um rei, Pelé, o Peixe continua a sua incansável procura por joias preciosas. Douglas é uma delas. De férias em Brasília, o garoto conta os dias para torcer pelo Santos na semifinal do Mundial de Clubes, contra o Monterrey, do México, ou o Kashiwa Reysol, do Japão. Enquanto o dia de ver os ídolos Neymar e Ganso em ação não chega, Douglas conta como está sendo lapidado no litoral paulista.
“A minha vida é corrida. Para treinar no Santos é obrigatório estudar. Estou no segundo ano do ensino médio. De manhã, vou para a aula. À tarde, treino forte. De noite, quanto não estou no curso de inglês oferecido pelo Santos, vou à Igreja Batista com a minha mãe”, conta o evangélico.
Dona Mirian é a mãe coruja. Enquanto o marido, Douglas, trabalhava como vigilante, ela trabalhava duro para ver o filho jogando futebol. “Vendi muita rifa, bingo e espetinho para pagar a mensalidade da escolinha do Santos aqui em Brasília e as viagens do Douglas Abner para as competições. Eu bancava a minha e a dele”, lembra. Para chegar ao Peixe, o filho foi submetido, aos 13 anos, a duas peneiras. “A primeira aqui em Brasília. Passei e fui para a segunda, bem mais difícil, com moleques do Brasil inteiro. Dos garotos da minha idade, só dois foram aprovados e eu estou lá até hoje”, comemora Douglas Abner.
Autônoma, a mãe largou a vida no Cruzeiro Velho e embarcou na aventura do menino que decidiu ser perito, sim, mas na arte de fazer gol. “Sou atacante, homem de referência. Eu jogo de costas para o gol”, define-se a promessa. Douglas Abner já tem até apelido de craque internacional em Santos. “Eles me chamam de Drogba (ídolo do inglês Chelsea e da Costa do Marfim) por causa da minha força física”, explica. “Lá em Santos é Didier para cá, Didier para lá, mas levo numa boa.”
Apesar da comparação, o ídolo de infância de Douglas Abner foi eleito duas vezes melhor do mundo e veste a camisa 10 do Flamengo. “Quando eu era criança, vi o auge do Ronaldinho Gaúcho no Barcelona e na Seleção Brasileira. O meu cabelo é assim (rastafari) por causa dele”, explica.
Copa do Brasil
Matador, Douglas Abner ajudou o Santos a conquistar, em julho, a Copa Brasil Sub-15. O Brasileirão da categoria teve como sedes as cidades de Arapongas e Apucarana, no Paraná, e o Peixe conquistou o título com uma goleada por 3 x 0 sobre o arquirrival, São Paulo. Douglas Abner marcou três gols na campanha com vitórias sobre Cruzeiro, PSTC, Coritiba, Atlético-MG, Flamengo e Grêmio e foi o vice-artilheiro do Santos, atrás apenas de Gabriel Barbosa, autor de sete.
Convocação
Em outubro, Douglas Abner foi chamado pelo técnico da Seleção Brasileira Sub-15, Marquinhos Santos, para um período de treinos na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), nos preparativos para o Campeonato Sul-Americano da categoria. Novato em grupo praticamente fechado, o brasiliense não participou do torneio no Uruguai porque o treinador preferiu manter a base do elenco que já tinha conquistado o título de uma competição amistosa anterior, disputada na Venezuela.
Promessa treinou contra Neymar e Ganso
Fã de Ronaldinho Gaúcho, Douglas Abner conheceu Neymar e Paulo Henrique Ganso justamente por causa do ídolo rubro-negro. “Em julho, o Santos estava treinando para enfrentar o Flamengo pelo Brasileirão e o Muricy (Ramalho) chamou alguns jogadores do Sub-15 para participar do trabalho. Eu fui um deles”, comemora o brasiliense, com os olhos brilhando. “Foi na véspera da estreia do Ibson, lembro muito bem disso”, acrescentou.
A proximidade dos ídolos proporcionou momentos de tietagem. Dona Mirian e seu Douglas arquivam em um álbum tradicional e em um tablet fotos do filho ao lado de Neymar e do Rei Pelé. “O Neymar é muito gente boa, e o Pelé, então, nem se fala. O conselho deles dois para mim foi para eu não desanimar nunca e para eu continuar jogando o meu futebol”, conta.
Aos 15 anos, Douglas já fez até uma pontinha como “ator”. Ele é um dos personagens do filme do centenário do clube, que será lançado em 2012. A promessa vai aparecer ao lado de outros meninos da fábrica de talentos da Vila.
Parceria com os conterrâneos
Douglas Abner disputou torneios na Aruc, no Cruzeiro Velho, e disputou até a tradicional Copa Agap antes de partir rumo a Santos. A coleção de medalhas e troféus começou na unidade brasiliense da escolinha do Peixe. Lá, conheceu um dos seus melhores amigos, o conterrâneo Leonardo Carvalho. “Ele joga comigo no infantil. Ele é lateral-esquerdo e muito bom de bola. Jogamos juntos desde os 9 anos.”
Além de Douglas e Leonardo, outras quatro promessas jogam nas divisões de base do Peixe (ler arte). Na edição de ontem, o Correio mostrou que o também brasiliense Felipe Anderson, de 18 anos, é o caçula dos profissionais convocados pelo técnico Muricy Ramalho para o Mundial de Clubes da Fifa e pode ser o quinto jogador nascido no Distrito Federal a conquistar o título. Os outros foram Augusto, pelo Corinthians (2000), Amoroso, com a camisa do São Paulo (2005), Kaká, em defesa do Milan (2007) e Lúcio, vencedor na Inter (2010).
“Lá no Santos eles ficam impressionados com Brasília. O comentário é que aqui é um celeiro de craques mesmo sem clubes de ponta”, testemunha Douglas Abner. Consciente da dificuldade de sair da cidade para brilhar em um grande centro, o garoto surpreendeu ao fim da entrevista. “Eu quero deixar um recado para quem pensa em ser jogador. Não é porque nós não temos times grandes aqui na cidade que o nosso sonho é impossível. É difícil dizer isso, mas é preciso ser persistente como os meus pais e eu somos”, aconselha o jogador, que já tem a sua próxima meta estabelecida. “Quero ser promovido ao time profissional com no máximo 17 anos. Hoje, esse é o meu maior objetivo.”
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Edital de Eleição para a FBSDF
ARUC se apresentará no Reveillon
Réveillon – Para o ano novo, a principal programação será uma grande festa na Esplanada dos Ministérios. Quatro atrações estão confirmadas. A noite começa com a apresentação do grupo Móveis Coloniais de Acaju e da dupla Pedro Paulo e Matheus. A bateria da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro (Aruc) animará a contagem regressiva. Após queima de fogos com 21 minutos de duração, anunciando a chegada de 2012, o sertanejo Michel Teló assume a festa madrugada adentro.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
ARUC entrega alimentos no Hospital de Base
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Aniversário do Cruzeiro (52 anos)
No vídeo, a ARUC Samba-Show apresenta o samba-enredo para 2012.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Seleção para passistas
sábado, 26 de novembro de 2011
ARUC vence Copa Cruzeiro 52 anos de esportes
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
sábado, 19 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Nota de falecimento
Iracema e Demônios da Garoa
O Hélio concordou, como sempre, e acertamos os shows. Desde criança que tenho uma grande admiração pelo Demônios da Garoa e pelo já falecido Adoniran Barbosa. Me chamava atençao em especial uma música chamada Iracema, que conta uma história trágica, mas que teve duas gravações marcantes com Clara Nunes e Elis Regina.
Até aí, tudo bem. Com a proximidade do evento, passei a me preocupar como o público da ARUC, que é de escola-de-samba e pagode, reagiria com essas atrações. Mas com a boa divulgação que foi feita, o público correspondeu e no dia do show pedi ao pessoal do Demônios que cantasse Iracema. Para minha surpresa, quase todas as pessoas presentes acompanharam, provando que não era só eu que gostava da música.
O show foi inesquecível, com grande aceitação do público e da imprensa.
Já quanto ao Arranco de Varsóvia, por ser um grupo mais elitizado e com músicas desconhecidas, o show agradou mas não teve a mesma empatia com o público.
Helio dos Santos, com colaboração de Rafael Fernandes
Minhas histórias na ARUC
domingo, 13 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
ARUC homenageia governador Agnelo
O presidente da ARUC, Moacyr Oliveira Filho, o Moa, e o professor Walter Teodoro, organizador da festa dos 50 Anos da ARUC, entregaram, na quarta-feira (09/11), ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que já desfilou na ARUC, um diploma de Homenageado Especial pela nossa entidade no ano do nosso Jubileu de Ouro, pelo apoio prestado à ARUC e ao Carnaval de Brasília. A ARUC espera que o governador continue se empenhando na valorização e no crescimento do Carnaval de Brasília, conforme compromisso firmado com as entidades carnavalescas do DF antes de sua eleição.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
ARUC na Noite Solidária
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Samba-enredo 2012
E no menu do blog, na opção Escola-de-Samba, os enredos em destaque trazem também um link para sambas antigos da ARUC.
Zé Ketti - a voz do morro
domingo, 6 de novembro de 2011
ARUC dá um show na Noite Solidária do Correio Braziliense
A ARUC deu um show, sábado à noite (05/11), na Noite Solidária, promovida pelo Correio Braziliense, no Unique Palace. Convidada a participar do evento, que reuniu a elite de Brasília, em homenagem aos seus 50 Anos, a ARUC fez uma apresentação empolgante arrancando aplausos calorosos da plateia. No meio da apresentação da ARUC, a colunista Jane Godoy, do Correio Braziliense, interrompeu o show para prestar uma homenagem aos 50 anos da nossa entidade, agradecer o presidente Moa e puxar um Parabéns Pra Você, cantado por todos os presentes. Foi um momento emocionante. A Bateria Nota 10 da ARUC, comandada pelo Mestre Brannca, os intérpretes Binho da Paz e Juninho, o cavaquinista Rafael e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Lucas e Bianca, deram um show, contagiando a plateia e sendo muito aplaudidos. A apresentação da ARUC teve a participação especialíssima de Claudinho e Selminha Sorriso, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Beija Flor de Nilópolis, especialmente convidados a participar do evento junto com a ARUC. Eles se apresentaram ao som do samba-enredo da Beija-Flor de 2010 sobre os 50 anos de Brasília, que tem entre seus autores, o compositor da ARUC, Dilson Marimba. Em seguida, ao som do samba-enredo da ARUC de 2012, Claudinho e Selminha Sorriso bailaram juntos com o casal da ARUC, Lucas e Bianca, e foram muito aplaudidos pelo salão lotado. Para encerrar nossa participação nesse importante evento, a Bateria e nossos intérpretes apresentaram o clássico Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, seguida da interpretação dos acordes do Hino Nacional, um dos hits da Bateria Nota 10 da ARUC. Ao final do evento, o presidente Moa foi muito cumprimentado e elogiado pela qualidade da nossa apresentação. Parabéns a todos os cruzeirenses que participaram desse evento, mostrando mais uma vez para a cidade a qualidade e a seriedade do nosso trabalho.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Matriz ou Filial
Foi então que sugeri ao Helio Lopes que convidássemos sambistas que não estavam em evidência, mas que poderiam atrair um bom público. Tive a idéia para o show de Jamelão. Mantive contato com Jorge Aragão para obter maiores informações e tive boas referências do show, e fui alertado que ele era de temperamento difícil, muito fechado e que não gostava de ser chamado de puxador, e sim de intérprete.
No dia do show tivemos uma entrevista coletiva no quiosque da ARUC e alertei ao pessoal da imprensa presente sobre as limitações de entrevista. E a repórter de uma emissora fez justamente a pergunta que não era para ser feita: “Como ele se achava sendo o maior puxador de samba do Brasil?”
Eu não sabia onde me esconder, mas ele foi elegante na resposta e eu me salvei de um grande constrangimento. Aproveitei a oportunidade para pedir uma música que era “Matriz ou Filial”, que me trazia recordações da minha infância, pois essa música era sempre cantada por minha irmã Marly.
Ele ainda chegou para mim e perguntou: “Você gosta dessa música, meu filho?” e respondi a ele: “É uma das minhas favoritas”, no que ele devolveu: “Então, tá bom. Eu vou cantar.”
O show do Jamelão foi o maior show realizado dentro do galpão da ARUC, com 2.200 ingressos vendidos e 400 cortesias. Ele cantou por duas horas, sem que ninguém saísse da quadra. Falo para as pessoas que esta foi uma das maiores vitórias que tive na ARUC, pois não tinha a dimensão do que poderia acontecer, uma vez que ele tinha um público voltado para a velha guarda, e que agradou também aos mais jovens que compareceram naquela noite.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
ARUC abre inscrições para passistas
As selecionadas serão convidadas a participar dos ensaios que começam dia 20 de novembro.
sábado, 29 de outubro de 2011
Uma das 120 razões para amar Brasília
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Solidariedade cruzeirense
terça-feira, 25 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Velha Guarda da Portela na ARUC
Vídeo postado no blog Compositores da Portela com o final da apresentação da Velha Guarda da Portela na festa dos 50 anos da ARUC.
O vídeo foi filmado por nosso Diretor de Cultura, Rafael Fernandes e postado no Youtube.
BATERIA NOTA 10
Comemorava-se o aniversário de 30 anos da filha de uma amiga. Anunciou-se uma surpresa para 1h da madrugada. Com vista para a Ponte JK, a boate oferecia aos convidados uma música cujo gênero não sei identificar. Mas os convidados da aniversariante dançavam numa coreografia autômata, levando o corpo de um lado a outro, do outro a um. Até que o DJ foi chamado ao descanso e ouviram-se tambores. Era a bateria da Aruc entrando no salão, com seu uniforme azul, sua pele negra e parda, bem mais negra do que parda (havia uma loirinha, mas não parecia ser de nascença).
O grupo, de 15 ou 16 integrantes, dos quais dois puxadores de samba e duas passistas, era liderado peloMestre Brannca, diretor de bateria da escola. Mudou tudo. O balanço da garotada
(de 30 anos!), o ânimo dos garçons, o consumodecerveja, a alegriadaaniversariante, o amor do namorado da aniversariante a felicidade dos pais da aniversariante, a batida no meu jeito.O toque do tambor recupera sons ancestrais presentes na formação do povo brasileiro. Isso não é antropologia barata de cronista. É experiência que o corpo registra e a alma confirma.
O pedaço de bateria da Aruc que desceu do Cruzeiro para perto da Ponte JK era a representação simbólica de parte importante da formaçãodopovo brasiliense. Eram filhos e filhas de candangos que vieram do Rio de Janeiro e trouxeramo sangue, o suor e o samba. Era uma festa pequena, o que podia permitir um certo à vontade para a bateria da agremiação. Foi aí que me surpreendi. Sob o comando de Mestre Brannca, os músicos se comportavam com a disciplina de um desfile decisivo de carnaval. De pele negra como asas as da graúna, Brannca conduz a bateria como se estivesse em comunhão com os deuses do samba. Comos olhos semicerrados, o queixo levemente levantado, ele abre os braços, tremula as mãos, aciona o apito, para um grupo de obedientes integrantes da bateria. Em alguns momentos, o olhão quase fechado parece proteger o sono do mestre — é ele, incorporado inteiramente ao batuque, que forjou a mais bela entre todas as invenções brasileiras.
É hora de partir. A bateria agradece e sai, com a mesma serena elegância com que entrou no salão da boate.
P.S. Hoje a Aruc comemora seus 50 anos. Antes do samba na quadra, a Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro será homenage a da pela Câmara Legislativa. Entre os convidados da festa na quadra, Monarco e a Velha Guarda da Portela,Grupo Luz do Samba, Dorina, Marquinhos Diniz, SambadoKarrapixo, Evandro Barcellos,MakleyMatos e a Bateria Nota 10. O ingresso é a doação de 2kg de alimentos não perecíveis.
Senador Rollemberg registra 50 anos da ARUC nos Anais do Senado
Leiam o discurso do senador Rollemberg:
"Quero registrar, com satisfação, o aniversário de cinquenta anos da Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro, a Aruc, do Distrito Federal. Faço isso porque ela é mais do que uma escola de samba, visto que se transformou em uma entidade importante, pois foi tombada como patrimônio cultural da cidade.
Quando se realizou a transferência da capital para Brasília, a cidade recebeu um grande número de funcionários públicos vindos do Rio de Janeiro que consigo trouxeram as suas manifestações culturais e as suas tradições. Foi assim que começou a Aruc: com um grupo de funcionários públicos vindos do Rio de Janeiro, amantes do samba, que criaram essa escola, afilhada da Portela. E a Aruc é sempre homenageada pela Velha Guarda da Portela.
Na última sexta-feira, a Aruc fez uma bela festa de comemoração dos seus cinquenta anos e trouxe representantes da Velha Guarda da Portela, que relembraram toda essa trajetória de brilho e de sucesso, quando teve, em 1961, o seu primeiro desfile “JK – Cidade de Deus”, referindo-se a Brasília, esta criação fantástica de Juscelino Kubitschek.
Nos seus cinquenta anos, a Aruc foi palco de momentos inesquecíveis, com shows de Cartola, Paulinho da Viola, Clara Nunes, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, João Nogueira, Monarco, Noca, a Velha Guarda da Portela, que veio, na última semana, especialmente para prestigiar o cinquentenário da escola.
Portanto, quero aqui parabenizar a direção da Aruc e a todos os filiados da Aruc. A escola traz alegria, ritmo e samba a Brasília, mas também promove a cultura na cidade, especialmente porque mantém a tradição de uma manifestação cultural importantíssima para o Brasil, que é cultura do samba.
Portanto, fica esse registro, parabenizando novamente os filiados da Aruc por esses cinquenta anos, desejando que continuem fazendo muito sucesso. Leci Brandão, que veio este ano à Aruc, registrou que é um templo do samba de raiz e da cultura popular brasileira.Parabéns à Aruc."
sábado, 22 de outubro de 2011
Maior campeã do carnaval do DF completa 50 anos nesta sexta
A escola de samba Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), no Distrito Federal, chega aos 50 anos nesta sexta-feira (21) em busca da regularização do terreno que a escola ocupa no Cruzeiro Velho, desde 1983.
Reconhecida oficialmente pelo GDF como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal, a Aruc já fez várias tentativas para regularizar o terreno, afirmou o presidente da escola, Moacyr Araújo, o Moa. O contrato de ocupação firmado por 20 anos, na década de 70, venceu em 2000.
No governo passado, houve a tentativa de incluir a escola em um projeto de construção de vilas olímpicas. O presidente da Aruc disse que, na época, só faltava a assinatura do então governador José Roberto Arruda. Mas como Arruda deixou o cargo por causa do escândalo da Caixa de Pandora, o projeto acabou ficando em compasso de espera.
A expectativa deles é o interesse do Ministério Público pelo caso. O Procurador Roberto Carlos Batista, da 2ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural, está acompanhando uma ação para a proteção do Patrimônio Cultural Imaterial, representado pela Aruc.
"Hoje o que a gente quer é que o governo faça o que quiser aqui, mas que regularize esse nosso pedaço. Nós queremos uma quadra de esportes, o palco lá fora, a área de ensaio. É isso que nós queremos. O resto faça o que quiser. Nós não precisamos desse terreno todo", afirmou.
O Cruzeiro é conhecido como o reduto carioca da capital federal. A história da escola de samba se confunde com a história de fundação do bairro.
A Aruc foi fundada por funcionários públicos do Rio de Janeiro, que foram transferidos para trabalhar em Brasília. Eles se instalaram no bairro que, na época, era conhecido como Gavião. A saudade do samba carioca reunia os amigos na quadra 16 para um batuque. E foi em um desses encontros que surgiu a ideia de se criar uma escola de samba. O ano era 1961.
Dona Ivone Araújo Eduardo, de 80 anos, tem boas lembranças daquele tempo. Ela é a primeira moradora do Cruzeiro. Há 52 anos mora na mesma casa. Carioca do bairro da Saúde, ela era amiga dos sambistas que, diz, se sentavam do lado de fora das casas para uma conversa com os vizinhos. Era aí que, quase instantaneamente, vinha o batuque.
Dona Ivone diz que os amigos tiveram a ideia, mas faltavam os instrumentos para a bateria, o coração de uma escola de samba. Orgulhosa, a enfermeira conta que eles foram comprados no nome dela, em uma loja de instrumentos musicais na W3. Os dez primeiros integrantes da escola ajudaram a pagar as seis prestações.
Tanta dedicação transformou a mais carioca das escolas de samba da capital federal em um patrimônio dos brasilienses. Nesses 50 anos, a Aruc coleciona títulos e histórias.
Dos 46 títulos disputados, a escola ganhou 31. Entre as histórias mais famosas está a que dá as cores para a escola. O atual presidente conta que o azul e branco é em homenagem à madrinha, a Portela. Natal, um dos fundadores da Portela, esteve em Brasília em 1962 para batizar a Aruc.
E as coincidências não param aí. O símbolo da Aruc é o Gavião, que, segundo os sambistas, pode ser considerado “irmão” da águia, o símbolo da Portela. O presidente da Aruc diz, no entanto, que a imagem do pássaro é apenas uma coincidência, já que o Gavião está na bandeira em homenagem ao nome antigo do bairro.
Na trajetória de sucesso da Aruc estão algumas histórias curiosas e até misteriosas. É o caso de uma bandeira que sumiu. Em 1979, no desfile que tinha como tema Iemanjá, a bandeira da escola não apareceu a tempo do desfile. Alguém teve a ideia de que a porta-bandeira levasse uma pluma no lugar da bandeira da escola. Os jurados não entenderam e deram nota zero no quesito. A escola foi desclassificada. No dia seguinte, a bandeira apareceu na porta da quadra.
Para tentar o 32º segundo título, a escola vai desfilar em 2012 o tema "Portinari, as cores e as caras do Brasil", em homenagem aos 50 anos de morte do pintor Cândido Portinari. E, pela primeira vez, o samba será feito por uma comissão de carnaval com integrantes da própria escola.
A reportagem do G1 acompanhou um dos ensaios da bateria e encontrou várias pessoas que querem aprender a tocar na escola. O carioca Luis Lima, há 15 anos em Brasília, procurou a Aruc no ano passado para aprender a tocar tamborim. Agora ele é integrante titular da bateria." A mosca azul e branco me mordeu e eu vou ficar. Já sou da família Aruc", disse.
Moacyr Araújo, Presidente da Aruc
Sexta-feira (21)
Sábado (22)