sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Uma geração de atletas e cidadãos.


No início da década de 80 a ARUC criou uma escolinha de futsal com mais de 150 meninos acima de 8 anos gratuitamente e a idéia era selecionar jogadores para disputar os campeonatos da cidade nas categorias menores. Além de participar dos campeonatos, a ARUC pretendia oferecer atividades sadias e formar cidadãos sem desvios de conduta.

Uma das equipes formadas nessa escolinha foi a equipe juvenil que disputou o campeonato de Brasília fazendo uma campanha brilhante e chegando a semi-final. Nessa partida a ARUC ficou sempre a frente do placar e já no final do jogo o nosso pivô Lucílio ficou cara a cara com o gol e levou um pontapé por trás, criando um tumulto generalizado com a invasão da quadra por torcedores e em especial o pai do atleta que havia iniciado a confusão. Na seqüência fui em defesa dos nossos atletas e acabei trocando “gentilezas” com o Pit-boy. Como este saiu em desvantagem avisou que ia tomar providências e foi em direção à academia de musculação do Minas para convocar a sua turma para dar o troco. Fui salvo pelos dirigentes do Minas, Joanilson Ventura e Valcir que me esconderam na sauna até que a polícia chegasse.

Voltamos escoltados até a entrada do Cruzeiro e disso tudo ficou uma revolta muito grande entre todos, porque estávamos com a classificação praticamente garantida e acabamos ficando de fora. A maioria dos atletas dessa época formariam o grupo dos Chegados. A orientação que passávamos aos atletas era para manter a disciplina e a postura de atleta, bem uniformizados e que se evitasse ao máximo qualquer tipo de confusão com adversário, arbitragem e torcedores, porém, caso fossemos ofendidos ou agredidos, todos tínhamos que ajudar na defesa. Havia um preconceito muito grande dos clubes sociais com a ARUC, por ser de uma escola-de-samba e de um bairro esquecido e abandonado como era o Cruzeiro, mas o nosso trabalho nas categorias de base superava todas essas adversidades.

Helio do Santos e colaboração do professor Rafael.
Minhas histórias na ARUC.

Um comentário:

  1. Eu, Lucílio, como membro desse grupo venho agradecer à ARUC e em especial ao Hélio dos Santos por resgatar a história da Escola e do Cruzeiro! Parabéns, e continue escrevendo...Valeu Rafael!

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