Hoje, a ARUC
completa 55 anos de existência. 55 anos de glórias, de lutas, de vitórias, de
conquistas, mas, também, de crises, de derrotas, de obstáculos, de problemas.
Hoje é o dia
de celebramos, acima de tudo, o nosso amor por essa entidade que bate forte em
nossos corações. O nosso amor em azul e branco por essa entidade que, para
muitos de nós, é a nossa segunda casa, ou a extensão da nossa própria casa.
Hoje é um
dia de festa. Um dia para comemorarmos a nossa maior vitória: estamos vivos,
sobrevivendo às crises, aos problemas, aos obstáculos, às dificuldades, e
mantendo viva a bandeira e a chama do samba, do Carnaval, do esporte e da
cultura popular.
Vivemos um
momento difícil, talvez um dos mais difíceis desses nossos 55 anos de vida.
O
cancelamento dos desfiles das escolas de samba por dois anos consecutivos e, ao
que tudo indica, pelo terceiro ano consecutivo, em 2017 – o que nunca tinha
acontecido na história do Carnaval de Brasília, a não regularização da área que
ocupamos desde 1974 e os problemas financeiros que enfrentamos em consequência,
principalmente, dessas duas questões, nos criam enormes dificuldades para
sobreviver.
Mas, apesar
de tudo isso, estamos vivos, graças ao empenho e dedicação de um grupo abnegado
de cruzeirenses, diretores, conselheiros, segmentos, componentes e amigos que
não têm medido esforços e sacrifícios para manter a ARUC viva e em pleno
funcionamento.
Nos últimos
meses, conseguimos vitórias importantes. Consolidamos a Feijoada do Gavião, que
já virou tradição na cidade; mantivemos o nosso Grupo Show em atividade;
participamos de importantes eventos institucionais, como a festa da chegada da
Tocha Olímpica em Brasília e a Maratona do
Samba; firmamos parcerias com artistas e produtores locais, para
promover eventos em nossa quadra, retomando nosso espaço como o Templo do Samba
de Brasília; passamos a sediar o Consulado da Portela no Distrito Federal,
estreitando ainda mais as relações institucionais com a nossa madrinha Portela;
participei, representando a ARUC, da 3ª Carnavália/Sambacon – 3ª Feira de
Negócios do Carnaval e 3º Encontro Nacional do Samba, debatendo com
representantes de ligas e entidades de todo o país os rumos do Carnaval além da
Sapucaí e integrando uma Articulação Carnavalesca Nacional, que objetiva propor
políticas públicas em defesa do Carnaval; ganhamos da Administração Regional do
Cruzeiro uma linda homenagem na parada de ônibus da Quadra 01; desenvolvemos,
em parceria com o Arquivo Público do DF, um projeto permanente de recuperação e
preservação da memória da ARUC e do Cruzeiro; reativamos nossas equipes de
handebol, voltando a participar de torneios locais e nacionais; conseguimos
equilibrar nossas finanças; e obtivemos uma grande vitória, com a aprovação
pela Câmara Legislativa do Distrito Federal do projeto de lei do Executivo que
cria um instrumento jurídico que abre caminho para a regularização da área que
ocupamos.
Essas
vitórias são provas concretas e objetivas da garra da gente cruzeirense, que
herdamos dos nossos fundadores.
Temos
consciência do nosso papel na luta em defesa do samba, do Carnaval, do esporte
e da cultura popular, respaldados pelos nossos 55 anos de vida, pelos nossos 31
títulos de campeã do Carnaval, pelo nosso compromisso com a preservação da
memória do samba e do Carnaval de Brasília e pelo nosso registro como
Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal.
E dele nunca iremos abrir mão.
Enquanto houver um cruzeirense vivo,
a ARUC estará viva, lutando para defender o samba, o Carnaval, o esporte e a
cultura popular.
Somos uma
família e como toda família temos nossas brigas, nossos desentendimentos,
nossos conflitos, nossas desavenças. Mas temos algo maior que nos une: o nosso
amor pela ARUC. Esse é eterno.
A ARUC é uma entidade viva e,
portanto, em permanente renovação. Pessoas se afastam, pessoas voltam e novas
pessoas chegam. Todos os que queiram ajudar a ARUC sempre serão benvindos. Sejam
eles crias da Casa que, por um motivo ou outro se afastaram, sejam pessoas que
pisam em nossa quadra pela primeira vez.
Nossos braços estarão sempre abertos
para receber todos os que queiram somar para fazer a ARUC ainda mais forte.
Mas, acima de tudo, sempre
respeitamos, preservamos e resgatamos nossa memória, nossa história, nossos
fundadores e baluartes e nossa comunidade, como poucas entidades do país fazem.
Para nós, preservar a memória é a melhor forma para construir o futuro.
Por isso, no dia dos 55 anos da ARUC,
rendo minha homenagem ao nosso maior tesouro: aqueles que fizeram e fazem a
história dessa entidade, Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal. A
comunidade cruzeirense:
Paulo Costa, seu Durval, Dona Nadir,
seu Santana, Padeirinho, Milton da Maninha, Dona Jandira, Elzinha, Joel
Ferreira, Maninha, Messias, Mangueira, Tudinho, Gordinho, Seu Álvaro, seu
Camilo, Jonas, Gessy, Marrom, seu Flávio, seu Carioca, seu Dudu, Dona Nair, Luís
Cabide, Chico Bombeiro, seu Bira, seu Hamilton, Bibita, Ney Cidade, Oswaldo
Tenente, Faustino, João Nilton, João Nabor, Dona Naná, Jesse, Fátima, Dona
Cecília, Léa Cidade, Dona Bill, Roberto Machado, Dinamar, Estela, Vardo, Vanderlei,
Sabino, Dona Ana, Nerício, Aranha, Viana, Zequinha, Antonio Carlos, Marli, Iracema,
Jurema, Du, Albaniza, João, Vera, Cristina, Teresinha, Zé Luís, Iolanda, seu
Babi, Jerusa, seu Felício, Cecílio, Geraldo Merreca, Ivan Machado, Zuca, Rato,
Sidnei, Maranhão, Charuto, Fernando Mengele, Antonio Soares, Copacabana,
Tonico, Ciro Santos, Gonzaga, Élcio da Praia, Eraldo Vovô, Dodô Madeira,
Alvinho, Kaoka, Clarice, Reinaldo, Marco Babi, Célia Babi, Cleusa, Carlinhos
Feijão, Carlinhos Black, Neide de Paula, Sheila, Jussara, Alice, Thió, Ribeiro,
Nailda, Monair, Evaldo, seu Maurício Coló, Seu Waldir, Dona Ruth, Leila, Dona
Marlene, Luiz Paulo Bigode, Castrinho, Heraldo, Melão Tremendani, Nando, Mauro,
Beto Cabrito, Nanau, Joel, Carlinhos, César, Antenor, Guto, Jorjão, Birrida,
Edu, Luisinho Ratinho, Carlinhos Ratinho, Agagildo, Odilon, Carlinhos, Flávio
Cabelo de Bruxa, Fogão, Elton, Leôncio, Betão, Brannca, Bokka, Bira Araújo, Salgueiro,
Joãozinho Nabor, Alexandre Cidade, Márcia, Fátima, Renatinho, Bira Negão,
Miltão, Luis Pinóchio, seu Antonio, César Negão, Simone Guerra, Vareta, Hélio
dos Santos, Narciso Portela, Esquerdinha, Moa, Zico, Abelardo, Sinval, Lunardi, Careca, Brother,
Russo, Ismael, Zé César, Robson, Dona Ivone, Manoel Brigadeiro, Fernando
Carvalho, Eduardo Maluco, Siqueira do Cavaco, Waltinho, Pai Jaime, Piu-Piu, Dilson
Marimba, Carlos Elias, Evandro Barcellos, Ivan Presença, Turiba, Lobão, Jacó, Bazá, Paraíba, Silvana, Pinto,
Manoca, Leozinho, Márcia, Eliane, Robertinho Chefe, Jair, André, Funai, Galo, Irineu,
Alemão, Kleber Maluco, Paulo Xi, Sedaka, Ninho, Rodolfo, Neusinha, Lígia, Paulo
da Lígia, Jansen, Gildo, Betinho, Lingote, Fiúza, Bianca, Barata, Sancler, Keké, Renan da Cuíca, Luzia,
Heloísa, Marcus Vinicius, Greice, Simone Oliveira, Cris, Leila, Luciana, Angélica,
Denise, Leo, Toco, Banjo, Chico, Queimado, Dona Neuda, Aline, Iris, Mariana,
Ana Luísa Belchor, Bruna Faustino, Flamenguinho, Christianne, Antonio Lustosa,
Dãosinha, Karla Lustosa, Regina Célia, Marcelo Amorim, Gláucia, Andreoni,
Flávio Xuxu, Maria Cláudia, Tânia, seu Walter, Danielle Alencar, Marcelo Balão, Anderson,
Lili, Mayara, Lisa, Flavix, Katiusse, Renata, Tieta, Melão, Jorjão, Flavinho Sambista, Isabela, Lucas, Wallace, Dona
Marlene, Jorge Chula, Pedro, Kleber Dias, Rafael Fernandes, Ana Paula, Eduardo
Siqueira, Tolentino, Eduardo Monteiro, Fabert, Márcia Coutinho, Lollo, Binho da
Paz, Vagarezza, Adir, Dalbert, Juninho
Sambista, Fininho, Dilton do Cavaco, Fernanda Andrade, Kerlen, Márcia Fernanda,
Louback, Bárbara, Bahia, Toin, Marcelo Pé de Valsa, Marcelo Black, William
Borges, Luciana, Fitinha, Maurição, Gilberto, Rosangela, Kitty, Regina, Luiz
Carlos Carioca, Virley, Luciano Cabeção, Zequinha, Paulo Bulhões, Jasmine, Igor,
João Gabriel, João Victor, Clarinha, Mário Sérgio, Cassandra, Thaynnara, João
Pedro, Camila, Helena, Alhandra e tantos outros, que a memória pode ter deixado
escapar.
Isso é COMUNIDADE!
31 vezes campeã do Carnaval!
Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal!
Quem ama a ARUC, não deixa de amar!
Moacyr Oliveira Filho (Moa), presidente
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