sexta-feira, 21 de outubro de 2016

55 ANOS DE UMA HISTÓRIA DE AMOR EM AZUL E BRANCO



            Hoje, a ARUC completa 55 anos de existência. 55 anos de glórias, de lutas, de vitórias, de conquistas, mas, também, de crises, de derrotas, de obstáculos, de problemas.
            Hoje é o dia de celebramos, acima de tudo, o nosso amor por essa entidade que bate forte em nossos corações. O nosso amor em azul e branco por essa entidade que, para muitos de nós, é a nossa segunda casa, ou a extensão da nossa própria casa.
            Hoje é um dia de festa. Um dia para comemorarmos a nossa maior vitória: estamos vivos, sobrevivendo às crises, aos problemas, aos obstáculos, às dificuldades, e mantendo viva a bandeira e a chama do samba, do Carnaval, do esporte e da cultura popular.
            Vivemos um momento difícil, talvez um dos mais difíceis desses nossos 55 anos de vida.
            O cancelamento dos desfiles das escolas de samba por dois anos consecutivos e, ao que tudo indica, pelo terceiro ano consecutivo, em 2017 – o que nunca tinha acontecido na história do Carnaval de Brasília, a não regularização da área que ocupamos desde 1974 e os problemas financeiros que enfrentamos em consequência, principalmente, dessas duas questões, nos criam enormes dificuldades para sobreviver.
            Mas, apesar de tudo isso, estamos vivos, graças ao empenho e dedicação de um grupo abnegado de cruzeirenses, diretores, conselheiros, segmentos, componentes e amigos que não têm medido esforços e sacrifícios para manter a ARUC viva e em pleno funcionamento.
            Nos últimos meses, conseguimos vitórias importantes. Consolidamos a Feijoada do Gavião, que já virou tradição na cidade; mantivemos o nosso Grupo Show em atividade; participamos de importantes eventos institucionais, como a festa da chegada da Tocha Olímpica em Brasília e a Maratona do  Samba; firmamos parcerias com artistas e produtores locais, para promover eventos em nossa quadra, retomando nosso espaço como o Templo do Samba de Brasília; passamos a sediar o Consulado da Portela no Distrito Federal, estreitando ainda mais as relações institucionais com a nossa madrinha Portela; participei, representando a ARUC, da 3ª Carnavália/Sambacon – 3ª Feira de Negócios do Carnaval e 3º Encontro Nacional do Samba, debatendo com representantes de ligas e entidades de todo o país os rumos do Carnaval além da Sapucaí e integrando uma Articulação Carnavalesca Nacional, que objetiva propor políticas públicas em defesa do Carnaval; ganhamos da Administração Regional do Cruzeiro uma linda homenagem na parada de ônibus da Quadra 01; desenvolvemos, em parceria com o Arquivo Público do DF, um projeto permanente de recuperação e preservação da memória da ARUC e do Cruzeiro; reativamos nossas equipes de handebol, voltando a participar de torneios locais e nacionais; conseguimos equilibrar nossas finanças; e obtivemos uma grande vitória, com a aprovação pela Câmara Legislativa do Distrito Federal do projeto de lei do Executivo que cria um instrumento jurídico que abre caminho para a regularização da área que ocupamos.
            Essas vitórias são provas concretas e objetivas da garra da gente cruzeirense, que herdamos dos nossos fundadores.
            Temos consciência do nosso papel na luta em defesa do samba, do Carnaval, do esporte e da cultura popular, respaldados pelos nossos 55 anos de vida, pelos nossos 31 títulos de campeã do Carnaval, pelo nosso compromisso com a preservação da memória do samba e do Carnaval de Brasília e pelo nosso registro como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal.
E dele nunca iremos abrir mão.
Enquanto houver um cruzeirense vivo, a ARUC estará viva, lutando para defender o samba, o Carnaval, o esporte e a cultura popular.
            Somos uma família e como toda família temos nossas brigas, nossos desentendimentos, nossos conflitos, nossas desavenças. Mas temos algo maior que nos une: o nosso amor pela ARUC. Esse é eterno.
A ARUC é uma entidade viva e, portanto, em permanente renovação. Pessoas se afastam, pessoas voltam e novas pessoas chegam. Todos os que queiram ajudar a ARUC sempre serão benvindos. Sejam eles crias da Casa que, por um motivo ou outro se afastaram, sejam pessoas que pisam em nossa quadra pela primeira vez.
Nossos braços estarão sempre abertos para receber todos os que queiram somar para fazer a ARUC ainda mais forte.
Mas, acima de tudo, sempre respeitamos, preservamos e resgatamos nossa memória, nossa história, nossos fundadores e baluartes e nossa comunidade, como poucas entidades do país fazem. Para nós, preservar a memória é a melhor forma para construir o futuro.
Por isso, no dia dos 55 anos da ARUC, rendo minha homenagem ao nosso maior tesouro: aqueles que fizeram e fazem a história dessa entidade, Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal. A comunidade cruzeirense:
Paulo Costa, seu Durval, Dona Nadir, seu Santana, Padeirinho, Milton da Maninha, Dona Jandira, Elzinha, Joel Ferreira, Maninha, Messias, Mangueira, Tudinho, Gordinho, Seu Álvaro, seu Camilo, Jonas, Gessy, Marrom, seu Flávio, seu Carioca, seu Dudu, Dona Nair, Luís Cabide, Chico Bombeiro, seu Bira, seu Hamilton, Bibita, Ney Cidade, Oswaldo Tenente, Faustino, João Nilton, João Nabor, Dona Naná, Jesse, Fátima, Dona Cecília, Léa Cidade, Dona Bill, Roberto Machado, Dinamar, Estela, Vardo, Vanderlei, Sabino, Dona Ana, Nerício, Aranha, Viana, Zequinha, Antonio Carlos, Marli, Iracema, Jurema, Du, Albaniza, João, Vera, Cristina, Teresinha, Zé Luís, Iolanda, seu Babi, Jerusa, seu Felício, Cecílio, Geraldo Merreca, Ivan Machado, Zuca, Rato, Sidnei, Maranhão, Charuto, Fernando Mengele, Antonio Soares, Copacabana, Tonico, Ciro Santos, Gonzaga, Élcio da Praia, Eraldo Vovô, Dodô Madeira, Alvinho, Kaoka, Clarice, Reinaldo, Marco Babi, Célia Babi, Cleusa, Carlinhos Feijão, Carlinhos Black, Neide de Paula, Sheila, Jussara, Alice, Thió, Ribeiro, Nailda, Monair, Evaldo, seu Maurício Coló, Seu Waldir, Dona Ruth, Leila, Dona Marlene, Luiz Paulo Bigode, Castrinho, Heraldo, Melão Tremendani, Nando, Mauro, Beto Cabrito, Nanau, Joel, Carlinhos, César, Antenor, Guto, Jorjão, Birrida, Edu, Luisinho Ratinho, Carlinhos Ratinho, Agagildo, Odilon, Carlinhos, Flávio Cabelo de Bruxa, Fogão, Elton, Leôncio, Betão, Brannca, Bokka, Bira Araújo, Salgueiro, Joãozinho Nabor, Alexandre Cidade, Márcia, Fátima, Renatinho, Bira Negão, Miltão, Luis Pinóchio, seu Antonio, César Negão, Simone Guerra, Vareta, Hélio dos Santos, Narciso Portela, Esquerdinha, Moa,  Zico, Abelardo, Sinval, Lunardi, Careca, Brother, Russo, Ismael, Zé César, Robson, Dona Ivone, Manoel Brigadeiro, Fernando Carvalho, Eduardo Maluco, Siqueira do Cavaco, Waltinho, Pai Jaime, Piu-Piu, Dilson Marimba, Carlos Elias, Evandro Barcellos, Ivan Presença, Turiba,  Lobão, Jacó, Bazá, Paraíba, Silvana, Pinto, Manoca, Leozinho, Márcia, Eliane, Robertinho Chefe, Jair, André, Funai, Galo, Irineu, Alemão, Kleber Maluco, Paulo Xi, Sedaka, Ninho, Rodolfo, Neusinha, Lígia, Paulo da Lígia, Jansen, Gildo, Betinho, Lingote, Fiúza, Bianca, Barata,  Sancler, Keké, Renan da Cuíca, Luzia, Heloísa, Marcus Vinicius, Greice, Simone Oliveira, Cris, Leila, Luciana, Angélica, Denise, Leo, Toco, Banjo, Chico, Queimado, Dona Neuda, Aline, Iris, Mariana, Ana Luísa Belchor, Bruna Faustino, Flamenguinho, Christianne, Antonio Lustosa, Dãosinha, Karla Lustosa, Regina Célia, Marcelo Amorim, Gláucia, Andreoni, Flávio Xuxu, Maria Cláudia, Tânia, seu Walter,  Danielle Alencar, Marcelo Balão, Anderson, Lili, Mayara, Lisa, Flavix, Katiusse, Renata, Tieta, Melão, Jorjão,  Flavinho Sambista, Isabela, Lucas, Wallace, Dona Marlene, Jorge Chula, Pedro, Kleber Dias, Rafael Fernandes, Ana Paula, Eduardo Siqueira, Tolentino, Eduardo Monteiro, Fabert, Márcia Coutinho, Lollo, Binho da Paz, Vagarezza,  Adir, Dalbert, Juninho Sambista, Fininho, Dilton do Cavaco, Fernanda Andrade, Kerlen, Márcia Fernanda, Louback, Bárbara, Bahia, Toin, Marcelo Pé de Valsa, Marcelo Black, William Borges, Luciana, Fitinha, Maurição, Gilberto, Rosangela, Kitty, Regina, Luiz Carlos Carioca, Virley, Luciano Cabeção, Zequinha, Paulo Bulhões, Jasmine, Igor, João Gabriel, João Victor, Clarinha, Mário Sérgio, Cassandra, Thaynnara, João Pedro, Camila, Helena, Alhandra e tantos outros, que a memória pode ter deixado escapar.
Isso é COMUNIDADE!
31 vezes campeã do Carnaval!
Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal!
Quem ama a ARUC, não deixa de amar!

Moacyr Oliveira Filho (Moa), presidente

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