segunda-feira, 26 de junho de 2023

Nota oficial do presidente.


Não poderia deixar de me pronunciar, mas o tempo é senhor da razão, e no calor do resultado que ficou longe do esperado, achei prudente esperar o amanhecer. O terceiro lugar neste retorno foi doloroso, pois o fato concreto é que a ARUC foi a melhor pontuada na avenida. Fizemos 268,6 pontos contra os 268,4 da campeã Asa Norte, porém fomos penalizados em 1,5 e terminamos com 267,1. Estes são os frios números que decidem o título.

Penalização inédita para nós. Tivemos dificuldades na retirada dos carros na avenida sim, em um atraso de pouco mais de uma hora que custou um ponto. Uma fatalidade que não poderia ocorrer. Não faltou luta e vontade. Tivemos o apoio fundamental da Administração Regional do Cruzeiro, em especial do administrador Gustavo Aires e do servidor Chaguinha, que sempre esteve a postos e não mediu esforços, estando nos horários mais insólitos para dirigir e ajudar a puxar os carros, bem como à Polícia Militar do Distrito Federal que fez a escolta e garantiu a segurança. Foi em nome da segurança que tivemos de esperar a chegada de mais viaturas para a saída. Não há quem se culpar, mas agradecer aos servidores públicos que nos fizeram mais do que lhes era devido. Fundamental também foi a atuação de Eduardo Cognasc, cruzeirense autêntico, que embora profissional a serviços de outras agremiações, não se eximiu em apoiar sua escola de samba e a quem devemos muito. E agradeço ainda aos jovens Pedro e Neiviasson que guiaram o primeiro carro, enquanto eu mesmo tive de guiar o segundo.

Como presidente, assumo a responsabilidade por esta penalidade, embora tenha feito o que pude, sem pestanejar. Ao final do desfile na madrugada, fiquei eu mesmo sozinho tomando conta dos carros e dos geradores alugados na dispersão, enquanto o chefe de segurança Jairão ficou na concentração cuidando das fantasias e do outro gerador, pois a informação que não teria como tirar os carros de imediato chegou em cima da hora e não tinha como achar segurança naquele instante. A previsão era retirar os carros tão logo encerrado o desfile, e a Administração Regional estava lá a postos. Contudo, eram mais de 4 da manhã e a própria organização do desfile emitiu comunicado estendendo o prazo de retirada em até 3 horas para as 17h. Aquela mudança que era para ajudar, nos desarticulou.

Com relação às baianas, vamos analisar internamente também. Não há que se apontar culpados, mas identificar e corrigir. Estes pontos fizeram a diferença sim. E isto machuca, pois perdemos para nós mesmos. Contudo, o trabalho foi feito com esforço, dedicação e muito amor a esta agremiação. Quando assumi a presidência, dei total autonomia e sigo confiando no trabalho realizado por Banjo e Simone, pois não são novatos, e seguraram as pontas do carnaval nestes oito anos sem desfiles. Esta dedicação merece todo meu reconhecimento. A direção vai se reunir em momento oportuno, mas de imediato vamos cumprir nossos compromissos financeiros, e não estou medindo esforços para honrar todos que trabalharam, embora tenhamos atrasado com alguns. Esta semana, todos serão pagos e vamos começar a trabalhar 2024 em breve.

Levantemos, sacudamos a poeira, pois daremos mais uma volta por cima. A todos os que são verdadeiros cruzeirenses: venham somar para sermos de verdade... Unidos do Cruzeiro.

Rafael Fernandes de Souza – Presidente da ARUC

Um comentário:

  1. Realmente triste.
    Sem desmerecer o excelente trabalho que a Asa Norte vem desenvolvendo nos últimos anos,
    a ARUC por sua vez, vem pecando com erros infantis, o que justifica dizer que vem perdendo para si própria.
    Mas procurar culpados, não é próprio de quem traz o nome Unidos do Cruzeiro.
    Tenho notado uma certa desunião dentro da Escola.
    Setores criticando uns aos outros, como se estivessem competindo internamente.
    Unidos ou desunidos do Cruzeiro?
    O momento é de serenidade.
    De baixar a poeira do inconformismo, acalmar os ânimos e conter as emoções. Sentar para analisar, avaliar, discutir os erros e procurar soluções.
    Algumas delas, talvez nem tão difíceis assim. Mas é preciso trabalhar muito. Somente com muito trabalho: sério, honesto, dedicado, coletivo, se chega à conquista.
    Abaixo a vaidade pessoal.
    Ninguem, por mais que tenha feito ou venha fazer, vai se aproximar à grandeza da entidade.
    Gratidão àqueles que se doam, para manter acesa a chama do nome ARUC.

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