quarta-feira, 10 de junho de 2020

Resistência cultural e comunitária, Aruc tem nova direção


A escola de samba mais antiga de Brasília, a Aruc – Associação Recreativa Cultural Unidos do Cruzeiro, estará completando 60 anos no ano que vem.

Detentora de 31 títulos do carnaval Candango, a Azul e Branco do antigo bairro do gavião, hoje Cruzeiro, no último dia 30 de maio passado, elegeu para presidente com ampla maioria dos votos válidos (74%), a Chapa 1 – Renovação com Responsabilidade, encabeçada pelo professor de história e representante da novíssima geração da agremiação, Rafael Fernandes de Souza, de 42 anos.

Autor de livros de ficção e sobre a história do bairro, diretor do documentário “De Cemitério a Gavião, de Gavião a Cruzeiro”, trabalhos que resgatam a história do Cruzeiro e da Aruc. Rafael, também, é fundador da Academia Cruzeirense de Letras e presidente do Instituto Aruc Cultural, segmento que abriga a Casa da Memória do Cruzeiro.

Previstas inicialmente para o final de abril, o pleito foi adiado em razão do isolamento social devido à pandemia do Coronavírus-Covid-19. Porém, todos os protocolos de segurança como uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e distanciamento de dois metros tomados e a eleição ocorreu em frente ao portão principal da Aruc.

A Chapa 1 também elegeu com 75% dos votos, os representantes do Conselho de Administração e Fiscal. Enquanto que a Chapa 2 – Resgate, encabeçada pelo associado Cassio Marinho, obteve 26% dos votos validos.

Resistência cultural   

Nascido e criado no Cruzeiro, Rafael terá ao seu lado como vice-presidente o empresário Paulo César Bulhões, juntamente com Cleuber de Oliveira (carnaval), Robson Silva (cultura), Lucas Luz (esporte), Kátia Sleide (financeiro) e Cristiano Teles (administrativo).

A Aruc é registrada como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal (DF) e a nova gestão vem eleita com o compromisso de administrar a entidade com total transparência e a ampla participação dos associados, destaca o presidente.

Rafael explica que sanar as dívidas geradas pela baixa arrecadação e reestruturar a sede como Clube Unidade de Vizinhança, juntamente como espaço cultural para o Cruzeiro, são desafios para o grupo que vai dirigir a ARUC no próximo biênio (2020/2022).

Há seis anos o desfile oficial não acontece em Brasília. Porém, a Aruc, contando com o apoio do comércio local, Sinpro-DF, Sindicato dos Bancários e várias outras entidades, tem demonstrado liderança e resistência cultural e comunitária para desfilar nas Cruzeiro nos últimos quatro anos, finaliza Rafael.

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