Desde março deste ano que a diretoria da ARUC, assim como a
diretoria da Uniesbe, vem tentando uma audiência com o governador Rodrigo
Rollemberg para discutir, de forma franca e conclusiva, as alternativas para a
retomada dos desfiles das escolas de samba de Brasília no Carnaval de 2016.
Apesar de
inúmeras tentativas de contato, seja do presidente da Uniesbe, seja de dirigentes
da ARUC, o governador Rodrigo Rollemberg até hoje, quase final de agosto, não
marcou esse encontro, nem sinalizou quais as reais intenções do GDF em relação
ao Carnaval de 2016.
Essa falta
de diálogo franco, aberto e transparente com o GDF e a indefinição sobre a
volta dos desfiles das escolas de samba no Carnaval de 2016 causa grande
preocupação não só à ARUC, mas a todas as entidades carnavalescas do Distrito
Federal.
A não
realização dos desfiles em 2015 e a indefinição da sua volta em 2016 está
provocando uma das maiores crises da história do Carnaval de Brasília, com a
maioria das entidades paralisadas, endividadas e, o que é pior, sem poder
planejar suas atividades para o próximo Carnaval. Tal crise, se não for
solucionada nas próximas semanas, poderá representar o fim das entidades
carnavalescas do Distrito Federal, encerrando uma história vitoriosa, de lutas
e glórias, que existe desde a fundação da cidade.
Faltando
menos de 170 dias para o Carnaval de 2016, as escolas de samba de Brasília
estão à beira de um colapso que pode levá-las à morte.
No caso
específico da ARUC, tal indefinição nos impede de planejar nossas atividades para
a preparação do desfile de 2016, cujo projeto está pronto desde o ano passado, com
a seriedade e o compromisso com a nossa comunidade, que sempre marcaram a
trajetória da ARUC, nos seus 54 anos de vida.
Apesar
disso, a ARUC tem lutado com todas as suas forças para sobreviver. Temos
realizado, com muita dificuldade e com o apoio de alguns parceiros, eventos
mensais em nossa quadra, como o Projeto A
Voz do Samba, e a roda de samba Quintas
de Jorge, todas as quintas-feiras, com o objetivo de manter mobilizada a
nossa comunidade, preservar a bandeira do samba de raiz e do Carnaval e
arrecadar algum recurso que nos permita manter nossos compromissos mínimos
mensais, necessários ao funcionamento da nossa entidade.
Nos próximos
meses realizaremos mais três eventos – Festa dos 50 anos da Dhi Ribeiro, em
setembro; ARUC canta Portela, em outubro, quando a ARUC comemora seus 54 anos; e
a Feijoadas Reencontro do Cruzeiro, em novembro.
Além disso,
a indefinição sobre a renovação do Contrato de Ocupação da área da ARUC, que se
arrasta há anos, nos cria dificuldades adicionais ainda mais graves, na medida
em que nos impede de firmar contratos e parcerias que possam representar uma
alternativa de arrecadação de recursos que nos garanta a necessária saúde
financeira para manter nossas atividades esportivas, culturais e carnavalescas,
independente de recursos públicos.
Apesar de reconhecer
a crise financeira por que passa o GDF e o país, a ARUC espera que o governador
Rodrigo Rollemberg, cujas históricas ligações não só com a ARUC, mas com o
Carnaval de Brasília, são públicas e notórias, não se transforme no coveiro das
escolas de samba, e agilize uma definição clara e transparente sobre os
desfiles das escolas de samba no Carnaval 2016, bem como a renovação do
Contrato de Ocupação da área da ARUC, legalizando a situação da nossa entidade,
para permitir que continuemos existindo e exercendo nossas atividades em defesa
do samba, do esporte e da cultura do Distrito Federal.
Caso isso
não ocorra, a crise vai se aprofundar cada vez mais, podendo, até mesmo, levar
ao fechamento definitivo da ARUC, por absoluta falta de condições de sobreviver.
Enquanto
houver esperança, nós, da ARUC, vamos continuar lutando para nos manter vivos.
Afinal, como já ensinou Nelson Sargento, “o samba, agoniza, mas não morre”!
Brasília, 22
de agosto de 2015
A DIRETORIA
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