As primeiras Brasílias
Quando Brasília foi inaugurada, a 21 de abril de 1960, ela não estava sozinha. Nem era a primeira cidade do quadradinho. Já existiam seis cidades constituídas — uma delas, Planaltina, com 170 anos. Com Brazlândia, um aglomerado urbano com mais de duas décadas de existência, formavam a pré-história da nova capital.
Além dessas duas, já havia quatro ocupações que mais tarde viriam a se chamar cidades-satélites: Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Taguatinga e Cruzeiro. As duas primeiras nasceram para servir à construção de Brasília. A penúltima, para abrigar operários; a última, servidores públicos de baixo escalão.
Um ano antes de a nova capital ser transferida do Rio de Janeiro para o Planalto Central, 64 mil almas habitavam o quadradinho, das quais 34 mil viviam no Plano Piloto ainda em construção, muitas delas nas habitações da Fundação da Casa Popular, na W3 Sul. Planaltina tinha, em maio de 1959, 2.247 habitantes. E o Núcleo Bandeirante, 11 mil moradores.
O Censo Experimental do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não computou o número de moradores de Brazlândia, de Taguatinga e da Candanga. Juntou todos num mesmo balaio, a que deu o nome de “outras áreas”. Moravam nelas 16 mil pessoas.
Quando Brasília foi inaugurada, ela já existia.
Cruzeiro - 30 de novembro de 1959 |
Brazlândia - 5 de junho de 1933 |
Candangolândia - 3 de novembro de 1956 |
Núcleo Bandeirante - 19 de dezembro de 1956 |
Planaltina - 18 de agosto de 1859 |
Taguatinga - 5 de junho de 1958 |
Conceição Freitas, como ela transita bem pela alma de Brasília - e da Brasília antes de Brasília... e que foi esquecida depois de Brasília. É o trem (mineiro poe trem em tudo!) que eu chamei, em 1990, no meu livro Taguatinga tem Memória, de "a realidade humana da Capital da Esperança"
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